Operação do Ministério Público investiga denúncia de tentativa de suborno na Câmara

Bruno Freitas
@viuitauna

Operação criminal foi deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com o apoio da Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (19), em Itaúna. As investigações, de acordo com o órgão, visam apurar crime de corrupção ativa praticado pelo vereador Alex Arthur, (PSDB), o Lequinho, no oferecimento de vantagem indevida, de R$ 20 mil, além de serviço de assessoramento jurídico, ao vereador Iago Souza Santiago, o Pranchana Jack (Avante), para compra do voto na eleição para a Mesa Diretora da Câmara, no biênio 2019/2020.

Conforme o MPMG, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência e gabinete de Lequinho.

Alex Arthur, o Lequinho

Lequinho foi gravado por Pranchana em 13 de novembro em uma tentativa de suborno para o colega oposicionista se abster da primeira votação da Mesa, em favor da chapa de Gláucia Santiago (PSB). O pleito inicial realizado em 19 de novembro foi anulado pela Justiça, após denúncias de interferência do Poder Executivo e uma nova eleição foi marcada para hoje (19), às 17h. Na ocasião, o líder da base governista Hudson Bernardes (PSC) venceu por 8 votos favoráveis contra 9 de Gláucia, que teve a chapa impugnada pelo presidente da casa, Márcio Gonçalves Pinto, o Marcinho Hakuna (PSL).

Ao @viuitauna a Polícia Civil afirma que prestou apenas apoio à operação. A assessoria de imprensa da Câmara não soube dar maiores detalhes. Também não conseguimos contato com Lequinho.

ENTENDA O CASO Uma nova eleição da Mesa Diretora chegou a ser marcada para o último dia 11, mas foi suspensa por Hakuna devido ao clima de instabilidade em Itaúna após as denúncias, repercutidas nas redes sociais. Ontem, Hakuna remarcou novamente a eleição da Mesa para hoje (19), às 17h.

Candidatas à eleição da Mesa, Gláucia Santiago e Otacília Barbosa (PV) protocolaram denúncia criminal sobre mensagens anônimas divulgadas contra a chapa das vereadoras – composta ainda por Márcia Cristina, a Márcia do Dr. Ovídio (PP). O texto e um áudio, que apontam tentativa de suborno à Pranchana Jack, começou a circular no aplicativo de conversas WhatsApp no último dia 10, após a nova eleição ter sido confirmada por Hakuna.

DEPOIMENTO Ao @viuitauna, Pranchana apresentou uma cópia do depoimento que prestou à Polícia Civil, denunciando o que alega ser um assédio para votar no grupo de Gláucia. No documento, o vereador afirma que foi procurado por Alex Arthur em 13 de novembro, na porta de casa, onde o colega teria lhe oferecido R$ 20 mil para se abster da primeira votação da Mesa, o que favoreceria a chapa de Gláucia. Pranchana sustenta que Otacília lhe ofereceu ajuda no processo de impugnação que enfrenta, desde que ele votasse em Gláucia. Otacília nega. Ainda no documento, Pranchana nega que tenha divulgado uma mensagem e vídeo contra as vereadoras no WhatsApp e diz que compartilhou a gravação apenas com seus assessores e pessoas de confiança, por medo de represálias e uma suposta ameaça que teria sofrido.

Matéria atualizada às 12h25 de 19/12/2018 com novas informações

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