Comissão de Transportes apresentará novo pedido de informação sobre a Autotrans nesta terça (25); relatório final só sai em agosto

Bruno Freitas
@viuitauna

A Comissão Especial da Câmara formada para fiscalizar a Autotrans apresentará na reunião plenária desta terça-feira (25) novo pedido de informação à Prefeitura sobre a situação do transporte coletivo em Itaúna. No documento, que deverá ser lido em plenário, os vereadores questionam a planilha de custos do contrato de concessão, renovado em dezembro de 2016 pelo ex-prefeito Osmando Pereira (PSDB) por 20 anos, a quitação de autuações emitidas, a situação da frota de coletivos e termo aditivo, firmado pelo prefeito Neider Moreira (PSD), que permite a dispensa dos cobradores em metade da frota.

A concessionária, que opera no município desde 2003, é alvo de duras críticas de usuários e vereadores. Em 11 de março, alterações em pontos de ônibus no Centro e no itinerário das linhas Cidade Nova via Piedade, Santanense e Várzea da Olaria, comunicadas três dias antes, pegaram de surpresa moradores dos bairros Recanto das Peixotas, Aroeiras e Piaguassu, levando a uma onda de reclamações nas redes sociais.

Questionada pela Comissão, a Autotrans ignorou pedido de informação e não compareceu à convocação da Câmara para prestar esclarecimentos, em 23 de março, com a presença do gerente de Mobilidade Urbana, Audrey Ferreira Leite. Os desentendimentos entre empresa e Prefeitura culminaram na demissão do gerente da Autotrans em Itaúna, Alessandro Rabelo.

Formada em abril a Comissão de Transportes, contudo, só deverá apresentar o relatório final em agosto. O prazo de 90 dias para elaboração do texto desconsidera o recesso de 30 dias da Casa, a partir desta terça-feira, segundo o presidente, Marcinho Hakuna (PSL).

“Os questionamentos foram feitos à Prefeitura, como Poder Concedente. Pedimos contrato, autos de infração, planilha de custos, dentre outras coisas. Nos reunimos na última quarta-feira (19) e depois desse encontro formulamos um novo pedido de informação. É um estudo mais aprofundado, já que são muitas as informações. O contrato de transporte coletivo tem suas particularidades”, explicou Hakuna ao @viuitauna.

TERMO ADITIVO De acordo com a vereadora Gláucia Santiago (PSB), o novo pedido de informação também questiona termo aditivo firmado pelo prefeito Neider Moreira (PSD) que dispensa a presença dos cobradores em 50% dos ônibus de Itaúna – na contramão da chamada Lei Hakuna, que determina a presença do agente de bordo –, além do prazo dado pela Prefeitura, de 30 dias, para responder as reclamações.

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