Justiça suspende reunião que votaria a cassação de Lequinho e conciliação é marcada para 15 de julho; é a segunda intervenção na Câmara em sete meses

Bruno Freitas
@viuitauna

A votação da possível cassação do vereador Alex Artur, o Lequinho (PSDB), foi adiada pela terceira vez em uma única semana. Depois de a Câmara ter agendado reuniões extraordinárias para hoje (3) e depois, para 9 de julho, a 2ª Vara Cível de Itaúna suspendeu o andamento do caso até que sete vereadores sejam ouvidos em audiência de conciliação, marcada para o próximo dia 15. Em sete meses, é a segunda vez que a Justiça de Itaúna intervém na Câmara. Em 5 de dezembro, ação liminar anulou a primeira eleição da Mesa Diretora para o biênio 2019/2020 por denúncias de interferência do prefeito Neider Moreira (PSD) no processo. Na ocasião, Hudson Bernardes (PSC), então líder da base governista, havia sido eleito.

O @viuitauna teve acesso à suspensão do chamado caso dos pastéis recheados. No documento, o juiz Alex Matoso afirma que foi procurado pela advogada de Lequinho e pelo Procurador-Geral da Câmara, Marcos Penido, e ambos concordaram com a realização da audiência, diante da complexidade, implicações no Legislativo e política de Itaúna.

São citados, além de Lequinho, o presidente da Mesa Diretora, Alexandre Campos (MDB), o vice Hudson Bernardes, o primeiro secretário Lacimar Cezário, o Três (PSL), Anselmo Fabiano (PHS), Marcio Gonçalves Pinto, o Marcinho Hakuna (PSL) e Silvano Gomes Pinheiro, o Silvano do Córrego do Soldado (PHS).

COMISSÕES Anselmo, Hakuna e Silvano compõem a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que chegou a analisar o pedido de cassação, apresentado por Bernardes, na reunião do último dia 28. Colocado em votação pela Casa, o pedido foi então remarcado para hoje (3), por dez votos a favor e quatro contra.

Silvano também integra a Comissão de Ética, que recomenda o afastamento de Lequinho por 30 dias, sem remuneração e censura verbal durante quatro reuniões plenárias. No último dia 28, o parecer, também elaborado por Antônio de Miranda, o Toinzinho (PHS) e Lucimar Nunes, o Lucinho de Santanense (PSB), sequer chegou a ser colocado em votação pelos vereadores.

ORIGEM A denúncia contra Lequinho, opositor do grupo de Neider, surgiu dias depois de a Justiça ter anulado a primeira eleição da Mesa. O caso é investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia Civil, em caráter sigiloso.

Autor da denúncia, Iago Souza Santiago, o humorista Pranchana Jack (Avante), está de licença médica. Lequinho se defende dizendo que é vítima de perseguição política.

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