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O advogado Fábio Daniel Pereira é o novo Procurador Jurídico da Câmara de Itaúna. Pereira assumiu o cargo na última terça-feira (18), em substituição à Marcos Penido. De acordo com a assessoria da Casa, Penido foi exonerado na segunda (17), um dia antes. Oficialmente, a justificativa apresentada é de que o ex-procurador saiu em acordo com o presidente Alexandre Campos (MDB), que tem a prerrogativa de escolher os cargos comissionados do Poder Legislativo. Informações de bastidores, porém, apontam um possível descontentamento de Campos com sua substituição relâmpago pelo suplente Joselito Gonçalves Morais (MDB), durante a Operação Carona Sinistra.
Essa é a segunda mudança na Procuradoria em menos de um ano. Em maio do ano passado, Helimar Parreiras deixou a Câmara Municipal para assumir a Procuradoria Geral do Município.
Pereira é irmão e sócio da também advogada Maria Helena Pereira, que representa o vereador Alex Artur (PSDB) no chamado caso dos pastéis recheados, e o ex-Gerente Administrativo e Financeiro, Jean Carlos Silva, exonerado do Legislativo em dezembro, depois de ter sido afastado em virtude da operação, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A ação cumpriu 13 mandados de busca e apreensão contra seis alvos em Itaúna por denúncias de fraude em contratos de publicidade.
CONVITE RECUSADO Ao @viuitauna, Marcos Penido disse que no lugar da Procuradoria lhe foi oferecida a Gerência Administrativa Financeira. O ex-procurador diz, contudo, que preferiu declinar do novo convite para voltar a advogar.
Penido descartou ainda a possibilidade, levantada pelo jornal Folha do Povo, de a sua saída ter sido motivada por um possível descontentamento de Alexandre Campos no episódio da suspensão do presidente da Câmara durante a Operação Carona Sinistra. Em 17 de dezembro, Joselito Gonçalves Morais chegou a tomar posse no lugar do vereador, permanecendo apenas dois dias. Campos obteve liminar na Justiça que o reconduziu ao cargo eletivo e à presidência da Casa.
“Parece-me que as modificaçoes (na Procuradoria) eram de interesse da presidência. Então, neste momento, eu não pude colaborar noutro cargo. Penso eu que (o possível descontentamento) não procede. A nomeação do Joselito foi por uma determinação judicial. Acho mesmo que foi por alguma questão política, que desconheço, e resolveu-se fazer algumas trocas de pasta. Só não pude contribuir para a permanência porque entendi que o momento profissional para mim não me permitiria”, afirma o ex-procurador.