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Depois de um início de quarentena seguindo as orientações das autoridades de saúde e uma média de notificações sob controle – 420 casos suspeitos até quarta-feira (8), nenhum confirmado – os itaunenses voltaram às ruas ao longo da semana, colocando em xeque as medidas de enfrentamento à COVID-19. As aglomerações, registradas em locais como portas de bancos e supermercados, podem levar a um endurecimento das regras na cidade.
Com uma morte confirmada pelo novo coronavírus em Divinópolis, o prefeito Neider Moreira (PSD) não descarta a possibilidade de isolamento geral e toque de recolher, caso hajam mortes em Itaúna. Na prática, o chamado lockdown significa o fechamento até mesmo de serviços essenciais, como açougues, padarias e postos de combustíveis. Ao @viuitauna o chefe do Poder Executivo disse que é preciso consciência da comunidade nesse momento.
“As pessoas são difíceis. Estamos pedindo pra ficarem em casa pra fazermos a reabertura gradual do comércio, mas do jeito que estão procedendo, daqui a pouco teremos casos e óbitos e então, seremos obrigados a endurecer o jogo”, afirma Neider.
No fim de semana, dois bares da Jove Soares foram qualificados pela Polícia Militar por receber pessoas nos locais, contrariando o último decreto publicado pelo Município. Um dos estabelecimentos, conforme apurado pela reportagem, pode ser multado em até R$ 9 mil. O Procon Itaúna tem recebido uma média de 200 reclamações diárias de irregularidades no funcionamento do comércio.
O prefeito de Itaúna sustenta que caso seja preciso, adotará o lockdown, isolamento total da sociedade, como ocorre em cidades dos Estados Unidos e Europa. “Se necessário, sim. É preciso que a comunidade ajude nesse momento. Tivemos dois óbitos na vizinha Divinópolis ontem. Será que (as pessoas) não entendem?”, questiona.
CASOS SUSPEITOS ESTÁVEIS Último boletim da Prefeitura aponta uma estabilização de internações na cidade nas últimas duas semanas. No total são 415 casos suspeitos em isolamento domiciliar e sete em internação, contra 341 (casos domiciliares) e 11 (internações), no dia 1° de abril; 178 (domiciliares) e 10 (internações) em 25 de março, respectivamente.
Até ontem, 15 casos haviam sido descartados em Itaúna, além de cinco mortes descartadas.