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A remoção de vegetação as margens da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), em Itaúna, causou polêmica nesta segunda-feira (11) e pode gerar questionamentos além. O serviço, autorizado pela Secretaria Municipal de Regulação Urbana, podou e cortou espécies de árvores e arbustos ornamentais, causando a indignação de moradores da Av. Dr. Miguel Augusto Gonçalves. O número de espécimes retirados não foi informado pela Prefeitura e a VLI, concessionária responsável pelo ferrovia.
Embora não tenham sido previamente comunicados, os cortes na cidade começaram a ser realizados na última quinta-feira (7), de acordo com a própria empresa.
Conforme apurado pelo @viuitauna, o procedimento é incomum no Município. Entre os espécimes retirados estão mangueira, goiabeira, salgueiro, flores e arbustos ornamentais de pequeno porte, como murta e escovinha, que não atrapalhariam a passagem dos trens. A vegetação, afirma uma moradora da região, foi plantada pelos próprios moradores. Em uma primeiro momento, durante a manhã, funcionários da VLI realizaram o corte das árvores de grande porte. No período da tarde, retornaram para a remoção de arbustos.
“Arrancaram dezenas de arvores e arbustos ao longo da ferrovia, árvores plantadas pela vizinhança. Essas árvores eram cuidadas pela população. Ninguém falou nada, a Prefeitura não se importou. Agora é procurar os verdadeiros responsáveis a fazê-los replantar essas arvores”, reclamou a moradora.
OUTRO LADO O @viuitauna entrou em contato pela manhã com a VLI questionando o que motivou a supressão da vegetação e quantos espécimes foram podados e removidos. A empresa respondeu por meio de nota, no fim da tarde, se limitando a dizer que os trabalhos na faixa de domínio são procedimentos autorizados por órgãos responsáveis e necessários para manter a segurança das operações e das interações com a população.
“A atividade foi previamente alinhada com o poder público local”, justifica a empresa, informando ainda que o serviço foi iniciado na quinta-feira e tem previsão de conclusão entre hoje e amanhã (12).
A Prefeitura de Itaúna, por meio da Gerência de Meio Ambiente, disse que o procedimento teve autorização por uma “questão de manutenção”, que visa a segurança dos maquinistas das composições e transeuntes. O número de árvores suprimidas, entretanto, também não foi informado.
Assista a um vídeo publicado por outra moradora do local: