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Uma das primeiras grandes redes a baixar as portas durante a quarentena, o Magazine Luíza, varejista com 1.100 lojas e 19 centros de distribuição no Brasil, acelerou um projeto que inclui pessoas físicas ou pequenos varejistas como vendedores virtuais. 50% do faturamento da empresa, que mantém loja em Itaúna e integra a bolsa de valores de São Paulo, vem do comércio digital.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o presidente do grupo, Frederico Trajano, afirma que nesse momento de isolamento social, parte do faturamento das lojas físicas migrará para o online. Na visão do executivo, as lojas funcionam como mini-hubs de distribuição.
“A gente acredita que parte desse faturamento das lojas físicas vai migrar para o online. É um fenômeno que acontece em países que já passaram por isso ou estão em lockdown, a digitalização acelerou exponencialmente. Queremos sair do modo varejista multicanal especializado em uma categoria para ser um ecossistema digital que vende múltiplas categorias de diversos varejistas”, declarou Trajano à Folha.
No fim de março, o Magazine Luíza concedeu férias a cerca de 20 mil funcionários. O presidente do grupo diz ter fechado antes dos decretos governamentais e concedido tíquetes antecipados, além de dobrar o cheque para mães, durante a pandemia. As operações da loja de Itaúna retomaram com a flexibilização do comércio.
“Estamos numa posição muito privilegiada. Nenhuma varejista tem 50% do faturamento online como a gente. Além de tudo, nossas 1.100 lojas funcionam como mini-hubs de distribuição. Então, ela também entrega rápido para o online. Também temos condições, ferramentas que desenvolvemos, de vender mesmo com a loja fechada. Nossos vendedores tem celular e estamos habilitando para que possam vender até de casa, sem precisar ir para a loja trabalhar”, explica.
PLATAFORMA DE VENDAS Chamada Parceiro Magalu, a plataforma digital aberta permite que qualquer pessoa baixe o catálogo de produtos da empresa e venda tanto para os clientes do Magazine Luíza, como para os próprios clientes. No modelo pessoa física, o vendedor recebe uma comissão pela venda de produtos. Para empresas, o caminho é inverso: o empreendedor paga 3,99% de comissão para ter acesso aos 20 milhões de clientes apontados pela rede. Em uma plataforma anterior, o Magazine Você, Trajano diz já ter 200 mil cadastrados. Agora, o executivo, pretende chegar a mais de um milhão.
“Nesse momento, esse tipo de ferramenta é quase uma utilidade pública a pequenos varejistas em situação delicada”, afirma.
OUTRO LADO O @viuitauna procurou o Magazine Luíza desde o último dia 29, perguntando se existe a possibilidade de a loja de Itaúna fechar, em meio ao cenário. Apesar de vários contatos, a assessoria de imprensa da rede não emitiu resposta a respeito.