@viuitauna
A divulgação de um áudio é a justificativa apontada pela Prefeitura para a exoneração do gerente de Trânsito, Audrey Leite, em meio a polêmica envolvendo o início de funcionamento de quatro novos semáforos na Praça Dr. Augusto Gonçalves. As críticas em torno da instalação dos equipamentos no Centro de Itaúna foram potencializadas por vereadores de oposição. Nos bastidores, a repercussão política negativa pesou, após desentendimentos anteriores do ex-servidor com a Câmara Municipal e sucessivas críticas da população.
Ao @viuitauna, Audrey afirmou que enviou a gravação a apenas uma pessoa, um radialista, que teria então repassado à assessora da vereadora Márcia Cristina (PP), Joyce Ferreira. Joyce confirma que compartilhou o áudio nas redes sociais, mas o fato, segundo ela, não configura crime. A assessora ameaçou levar o caso à Justiça, caso a “conversa fiada continue”.
Na gravação, o ex-gerente comenta a travessia desordenada de pedestres, dizendo “tem pedestre na Praça que pula em cima da faixa, sai de trás de árvore. Fica um pedestre atravessando. Parece que a hora que eles vão atravessar, costumar ter problema de osteoporose ou algum tipo de doença e atravessa numa lentidão danada”. O comentário repercutiu negativamente entre os cidadãos, que não pouparam novas críticas ao ex-servidor.
“Disseram que o áudio vazado atrapalhou a questão política e não poderia ter ocorrido. Porém, como justifiquei, era uma conversa informal. Não mencionei que os itaunenses são doentes, e sim fazem hora em cima de faixa. Meu comportamento é técnico, não político. Portanto, não sirvo”, comenta Audrey, ao avaliar a exoneração, ocorrida nesta sexta-feira (15).
“RESPONDA PELOS SEUS ATOS” Joyce diz que a demissão do gerente de Trânsito ocorreu por causa da fala e deve ser cobrada à pessoa a quem Audrey compartilhou o áudio. “Ele deve solicitar pra quem repassou o áudio. A demissão dele foi por sua fala. Compartilhei, coloquei no meu status, o que não configura crime nenhum. Mesmo porque se ele mesmo afirmou que fez o áudio, está tudo certo. Ele deveria ter pensado antes de falar. Se não o fez, que responda pelos seus atos”, afirma.
