@viuitauna
Com 96 casos confirmados, dos quais 12 anunciados nesta segunda-feira (29) e 63 já recuperados, Itaúna voltou a lotar os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dedicados à pacientes com COVID-19, conforme boletim divulgado pelo Hospital Manoel Gonçalves. No último dia 19, véspera de fim de semana, as oito unidades disponíveis na cidade já haviam sido totalmente ocupadas.
De acordo com o Secretário Municipal de Saúde, Fernando Meira, dos dez leitos de UTI inicialmente previstos, conforme anunciado em abril, oito foram liberados pela Superintendência Regional de Saúde, que considerou o número adequado à demanda estimada para a microrregião – que inclui os municípios de Itatiaiuçu, Itaguara e Piracema. Itaúna conta ainda com dez leitos de enfermaria e dez de observação para a pandemia, acrescenta o secretário.
“Estávamos preparados para abrir dez novos leitos (de UTI para COVID-19), porém, por esse motivo, foram abertos oito leitos”, explicou Meira ao @viuitauna.
Dos oito pacientes que estão na UTI pelo novo coronavírus, quatro são oriundos de cidades da microrregião, bem como outros quatro na enfermaria, totalizando 14 pessoas internadas por COVID-19 em Itaúna. O boletim da Prefeitura desta segunda aponta ainda que as notificações na cidade já chegaram a 1.142, com 745 notificações que deixaram o isolamento domiciliar, 322 casos e 15 óbitos descartados.
Pela manhã, o diretor Clínico do hospital, Vinícius Bicalho, divulgou um vídeo com o objetivo, segundo ele, de esclarecer alguns fatos sobre o Manoel Gonçalves. Bicalho acusou “muitos veículos de comunicação” e “pessoas de mau caráter” de se aproveitar da situação e causar pânico na população de Itaúna.
ONCOLOGIA EM DIVINÓPOLIS O diretor afirmou que os recursos arrecadados para a COVID-19 são utilizados unicamente para esta finalidade e o hospital continua atendendo casos graves, embora o atendimento oncológico, inaugurado com pompa por políticos, em fevereiro, tenha sido temporariamente transferido para Divinópolis, por ordem do Estado, para garantir a segurança dos pacientes.
“Estamos passando por um período de grandes dúvidas e incertezas. Muitos veículos de comunicação e até mesmo pessoas de mal caráter estão se aproveitando disso para enaltecer feitos próprios e trazer atenção para si próprios, através de falácias, ideias errôneas, causando pânico em geral”, aponta Bicalho.
Bicalho disse ainda que as cirurgias eletivas foram “diminuídas” por ordem do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COES), para que o hospital possa poupar leitos e medicamentos. A nova justificativa surge dias depois de a instituição apontar uma suspensão das cirurgias e consequente queda de receita financeira como razão para a demissão de 16 funcionários, em meio a repercussão de um áudio de uma enfermeira, nas redes sociais.
Assista ao vídeo do diretor Clínico do Hospital Manoel Gonçalves:
Causando pânico?
Não é o que tenho visto.
O que vejo é muuuuita gente nas ruas batendo pernas e muuuuitas reuniões festivas.
Que pânico é esse???