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A crise causada pela queda de passageiros durante a pandemia é novamente justificada para uma nova leva de demissões na ViaSul. A informação apurada pelo @viuitauna é de que pelo menos sete profissionais, dois deles mulheres, estão de aviso prévio até o próximo dia 20. Em abril, a concessionária já havia dispensado o restante dos cobradores em Itaúna, mantendo apenas funcionários que estavam em férias.
As demissões vão na contramão do que o prefeito Neider Moreira (PSD) disse à reportagem quatro meses atrás. Neider afirmou que, passada a pandemia de COVID-19, a empresa de ônibus redimensionaria os postos de trabalho. “Tiveram uma queda no número de passageiros”, justificou, na ocasião.
Termo aditivo firmado pelo prefeito que dispensa os agentes de bordo em 50% dos ônibus é alvo de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal. O levantamento dos parlamentares sobre o transporte coletivo completou um ano em 2 de abril, ainda sem conclusões e resultados efetivos. Na última terça-feira (4), a vereadora Márcia Cristina, a Márcia do Dr. Ovídio (Patriota), encaminhou ofício ao presidente da CPI, Márcio Gonçalves Pinto, o Marcinho Hakuna (PSD), solicitando o relatório final a respeito.
OPERAÇÃO ENXUGADA Segundo fontes ligadas à ViaSul, a estratégia de demitir os motoristas reduzirá os turnos de trabalho para dois, enxugando a operação em Itaúna, como ocorreu em Lavras, na região Sul de Minas.
Além de permitir a dispensa dos cobradores, Neider também elevou a idade máxima dos ônibus de dez para 12 anos. Em 2017, primeiro ano de governo, o prefeito anunciou o meio passe estudantil e a internet nos ônibus como benefícios à população.
COBRADORES “OCIOSOS” No fim de março, a ViaSul apontou que o isolamento social adotado como medida de prevenção à COVID-19 chegou a reduzir a demanda das viagens de ônibus na cidade em 75,86%, o que levou a Prefeitura a adotar quadro de horários de domingo. A empresa afirmou ainda que como o dinheiro é uma forma de contágio do novo coronavírus, a maioria dos usuários aderiu ao cartão e com isso, os cobradores estavam “totalmente ociosos”.