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Nesta segunda (24), o transporte coletivo de Itaúna voltou a operar com quadro de horários de dias úteis, atendendo 80% das viagens, segundo a concessionária ViaSul. Os ônibus foram autorizados a transportar passageiros em pé, com distanciamento de uma pessoa por metro quadrado – o que corresponde, segundo a Diretoria Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT), a dez pessoas em pé. O uso de máscaras a bordo continua obrigatório, com disponibilização de álcool em gel.
Desde 26 de março a frota da ViaSul circulava com horários de fim de semana. A redução nas viagens foi justificada por causa da pandemia de COVID-19 e a queda de passageiros, que chegou a 75,86% em março, atualmente é de 47%, apontou a concessionária ao @viuitauna.
De acordo com a ViaSul, o déficit operacional na cidade passou de R$ 500 mil, em abril, primeiro mês de quarentena, para R$ 1,5 milhão, e “só não é maior” porque a empresa de ônibus adotou rodízio entre os funcionários, com motoristas trabalhando 15 dias consecutivos, com jornada dupla, e folgando sete.
Na semana passada, os empregados reclamaram do atraso no pagamento de salários, depositado em agosto apenas no dia 13, e do corte de benefícios como adiantamento salarial, hora extra e redução do ticket alimentação para 30%. Demitidos afirmam que aguardaram acerto salarial por meses e os que estavam de férias não receberam o salário.
AMEAÇA DE GREVE Diante da situação, os trabalhadores cogitam até entrar em greve, risco refutado pela empresa, que alega pagar a remuneração correta, de 50%, na proporção da jornada, de acordo com o previsto na Medida Provisória 936 do Governo Federal. “Lembramos que estamos em uma situação sem precedentes, em um cenário semelhante a uma guerra, e contamos com o apoio de todos nesse momento delicado”, afirma a ViaSul.
Assista ao comentário de Bruno Freitas no jornal Cidade em Notícia da TV Cidade Itaúna:
SAIBA MAIS
Concessionária quer que Município subsidie os ônibus
A ViaSul solicitou um subsídio à Prefeitura de Itaúna para cobrir a queda nas receitas, alegando que o benefício é necessário para a manutenção da operação. O último reajusta da tarifa, de 6,83%, passando a passagem para R$ 4, foi aplicado em setembro de 2019. A empresa afirma que ainda não obteve uma resposta sobre o pedido de subsídio, o que é “extremamente preocupante” para o transporte coletivo, sustenta. “Várias prefeituras do Brasil têm oferecido este suporte, já que o transporte coletivo é um serviço essencial a qualquer cidade. Belo Horizonte, por exemplo, já investiu R$ 44 milhões em transporte; Uberlândia, R$ 25 milhões; Curitiba investiu R$ 180 milhões, e na cidade de R$ São Paulo, o investimento ultrapassa R$ 3 bilhões. Já houve uma decisão do STF apontando que as prefeituras devem investir o necessário para equilibrar os contratos nesse momento de pandemia”, diz.
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