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A combinação de beber e dirigir não terminou nada bem para um motorista do transporte coletivo de Itaúna. O profissional, que havia ingerido bebida alcóolica, foi denunciado por passageiros e acabou demitido pela concessionária ViaSul, por justa causa. O fato ocorreu no bairro Leonane, numa semana em que pelo menos outros quatro condutores pediram demissão, em meio à crise no transporte coletivo.
Fontes ouvidas pelo @viuitauna afirmam que o motorista chegou a iniciar viagem, mas foi abordado por funcionários da empresa de ônibus que o levaram até a garagem. Lá, teria sido submetido ao teste do etilômetro, sendo dispensado com o aval da diretoria da empresa, em Belo Horizonte.
Nos últimos dias, outros motoristas pediram demissão, insatisfeitos com a redução do salário para cerca de R$ 1,5 mil, além da suspensão de benefícios como adiantamento salarial, hora extra e ticket alimentação. O desfalque no quadro teria levado a ViaSul a prorrogar o aviso prévio de outros profissionais. A empresa já havia demitido o restante dos cobradores em abril, na contramão da chamada lei Hakuna, de autoria do vereador e pré-candidato a prefeito Marcinho Hakuna (PSL), que determina a presença dos auxiliares de bordo.
Em agosto, as viagens voltaram a operar com quadro de horários de dias úteis, porém somente em horários de pico, com restrições em linhas. Os ônibus foram autorizados a transportar passageiros em pé, com distanciamento de uma pessoa por metro quadrado – o que corresponde, segundo a Diretoria Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT), a dez pessoas em pé. O uso de máscaras a bordo continua obrigatório, com disponibilização de álcool em gel.
Assista ao comentário de Bruno Freitas no jornal Cidade em Notícia da TV Cidade Itaúna:
Iniciada em 26 de março, a redução nas viagens foi justificada por causa da pandemia de COVID-19. A queda de passageiros chegou a 75,86% em abril, segundo a concessionária.
AMEAÇA DE GREVE A insegurança e a insatisfação com o atual cenário levaram os funcionários da ViaSul a cogitar entrar em greve, risco refutado pela empresa, que alegou pagar a remuneração salarial correta, de 50%, na proporção da jornada, de acordo com o previsto na Medida Provisória 936 do Governo Federal. “Lembramos que estamos em uma situação sem precedentes, em um cenário semelhante a uma guerra, e contamos com o apoio de todos nesse momento delicado”, afirmou a ViaSul em nota.
OUTRO LADO Procurada novamente pela reportagem na noite desta segunda-feira (21), a ViaSul ainda não se pronunciou. A matéria será atualizada diante da resposta da concessionária.