Otacília aponta superfaturamento na obra do Centro Administrativo; sete projetos são adiados pela Câmara

@viuitauna

Com seis ausentes, a reunião ordinária da Câmara Municipal adiou a votação de sete projetos – cinco deles de cidadania honorária e um de mérito cultural – para esta quinta-feira (26). De acordo com o presidente da Casa, Alexandre Campos, alguns colegas, que não tiveram a identidade informada, estão com suspeita de COVID-19. Faltaram à reunião alegando motivos de saúde Alex Artur, o Lequinho (PV), Anselmo Fabiano (PDT) e Lacimar Cezário, o Três (PSD). Giordane Alberto (PV) estava em consulta médica e conseguiu chegar no fim da reunião. Iago Souza Santiago, o Pranchana Jack (Avante), e Márcio Gonçalves Pinto, o Marcinho Hakuna (PSL), justificaram compromissos previamente agendados.

Permaneceu na pauta e foi aprovado nesta terça (24) o projeto que autoriza o Poder Executivo a repassar R$ 214.537,37, do Fundo da Infância e Adolescência (FIA) para dez entidades de Itaúna.

Após a votação, cada vereador teve dois minutos para falar. Otacília Barbosa (PV) fez uma denúncia de que há fortes indícios de que a rede elétrica do Centro Administrativo, nova sede da Prefeitura de Itaúna, está superfaturada. A vereadora falou da importância da apuração na próxima legislatura, uma vez que se candidatou a prefeita nas eleições e não foi reeleita. Ao @viuitauna, Otacília disse ainda que a obra poderia ter economizado R$ 2 milhões caso “não tivessem superdimensionado a parte elétrica”. “Segundo a denúncia, colocaram equipamentos desnecessários. Alguma vantagem tem. Solicitei ao promotor uma investigação”, revela.

Hudson Bernardes (PSD), da base, pediu ipsis litteris da fala da Otacília. No mesmo assunto, Antônio de Miranda, o Toinzinho (PSC), comentou que durante a campanha recebeu denúncia de que a fiação elétrica do Centro Administrativo estava fora dos padrões.

Assista ao comentário de Bruno Freitas no jornal Cidade em Notícia da TV Cidade Itaúna:

https://www.facebook.com/viuitauna/posts/3383035095123609

PLANO DIRETOR SÓ EM 2021 A votação do projeto do Plano Diretor voltou a ser cobrada pelos vereadores, segundo Toinzinho, depois da fala do prefeito Neider Moreira (PSD) durante o debate da TV Cidade Itaúna. “Neider disse que a culpa do projeto não ter sido ainda votado era dos vereadores”, reclamou. O edil atentou que a apreciação na Casa foi interrompida por recomendação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o atraso na votação causa “enorme prejuízo” ao desenvolvimento de Itaúna.

Alexandre Campos (DEM) sugeriu uma emenda retirando a polêmica envolvendo a Barragem do Benfica para aprovar o Plano e deixar a parte restante para ser apreciada em 24 meses. Campos disse ainda que os vereadores estavam com medo de sofrer punição do MPMG caso votassem o projeto da forma que Neider enviou.

Por falta de quórum, vereadores voltam a ser reunir nesta quinta. Em pauta, sete projetos, cinco de cidadania honorária e um de mérito cultural. Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Itaúna

Joel Arruda (PL) respondeu que não tem medo e está pronto para votar. Toinzinho também disse que a justificativa de Campos não servia e o projeto deveria vir correto para ser votado. Gláucia Santiago (PL), eleita vice-prefeita, ressaltou que tem estudado o projeto junto a seu filho, o secretário Executivo do Conselho Estadual de Política Ambiental, Hidelbrando Neto, e o colocou a disposição dos parlamentares para tirar dúvidas. Antônio José de Faria, o Da Lua (PL), sugeriu então a contratação de uma consultoria técnica, idônea e de fora da cidade, para auxiliar a Câmara no Plano Diretor, uma vez que as questões “são muito técnicas”.

IDENTIFICAÇÃO NOS ÔNIBUS Joel cobrou novamente a sanção da lei aprovada pela Câmara que regulamenta a identificação das linhas do transporte coletivo por formas geométricas de diferentes cores, para facilitar o uso dos ônibus por portadores de necessidades especiais. Segundo Joel, o prazo para o Executivo sancionar o texto expirou e a Mesa Diretora da Câmara poderia fazer uma sanção tácita para fazer a nova lei valer.

OUTRO LADO Perguntada sobra a obra do Centro Administrativo, a Prefeitura afirma que não foram apresentadas provas ou documentos que sustentem a denúncia.

“A Prefeitura de Itaúna informa que seguiu todos os trâmites legais para a realização da obra de sua nova sede. Em 2017 havia apenas uma estrutura (esqueleto) superdimensionada sem nenhuma outra fase licitada. Foram refeitos todos os projetos, adequando a realidade financeira do município sem perder a qualidade da obra. Toda a construção é fiscalizada por uma comissão de servidores efetivos, técnicos e extremamente capacitados. Vereadores possuem mecanismos formais para solicitar informações bem como todo e qualquer cidadão”, afirma a assessoria de comunicação do Município. (com informações do jornal Integração)

Matéria atualizada às 9h de 26/11/2020 com novas informações

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