Sem empréstimo: Prefeitura contrata R$ 1,49 milhão em asfalto, agora com emendas de deputados

@viuitauna

Passado um mês do novo mandato do prefeito Neider Moreira (PSD), a Prefeitura assinou nesta terça-feira (2) mais uma ordem de serviço para pavimentação, de 12 ruas e avenidas em Itaúna. Desta vez os recursos de R$ 1.491.000 são provenientes de emendas parlamentares. Somente com empréstimos para asfaltamento, o Município já contraiu mais de R$ 32 milhões nos últimos três anos, segundo o vereador Antônio de Miranda, o Toinzinho (PSC).

“A dívida de asfalto atual é três vezes maior do que a herdada pelo ex-prefeito Osmando Pereira (PSDB) quando assumiu a Prefeitura após o governo Eugenio Pinto”, aponta Toinzinho.

Para o novo pacote de obras, que tem prazo de execução de três meses, foram contratadas quatro empresas, segundo a assessoria de comunicação: Construtora Epav, Construtora MPK, Construtora de Obras do Brasil Eirelli e Empreser. Participaram da assinatura, no Centro Administrativo, os vereadores Antônio José de Faria, o da Lua (PL), Silvano Gomes Pinheiro, o Silvano do Córrego do Soldado (PDT), e Alexandre Campos (DEM).

Há um ano, em fevereiro de 2020, o Município anunciou R$ 2,2 milhões em recapeamento para 11 vias da cidade, em meio à denúncias da CPI do Asfalto na Câmara. O processo acabou suspenso pela Justiça, em março. O contrato, na ocasião, também foi celebrado com a Epav. Em maio foi assinada nova ordem de pavimentação para 40 ruas e avenidas de Itaúna.

Assinatura da nova ordem de serviço no Centro Administrativo contou com a presença de três vereadores

AÇÃO CIVIL PÚBLICA Seis meses antes, em dezembro de 2019, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou ação civil pública por improbidade administrativa contra Neider, alegando superfaturamento na contratação de R$ 3.703.717,20 em asfalto com a empresa Locadora Terramares, por meio de ata de registro de preços. Após dois termos aditivos, a diferença de preço na tonelada de asfalto contratada chegou a 69%, denunciou na Câmara a ex-vereadora Otacília Barbosa (PV).

Na recomendação, o MPMG afirmou que se o Município tivesse licitado as obras economizaria R$ 1,7 milhão. O órgão apontou ainda que a adesão à ata causou sérios danos ao erário. Otacília disse que a Prefeitura ignorou pedido do MPMG para paralisar as obras até que as investigações fossem concluídas.

Dois ex-gerentes de Manutenção Viária e de Obras, um deles o vereador eleito Kaio Guimarães (PSC), e o ex-vice-prefeito Fernando Franco, então secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços, pediram exoneração dos cargos após não concordar com o procedimento de contratação, firmado com o Consórcio Público para o Desenvolvimento do Alto Paraopeba (Codap).

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