@viuitauna
Depois de o presidente do CDL Itaúna apontar uma “falta de planejamento” do poder público na pandemia de COVID-19, que enfrenta o pior momento, a Prefeitura de Itaúna solicitou ao Ministério da Saúde a habilitação de 17 novos leitos de enfermaria e CTI para o Hospital Manoel Gonçalves. Também nesta segunda-feira (29) a Câmara Municipal anunciou a destinação de R$ 442 mil em antecipação do duodécimo e emendas impositivas para a instituição.
As declarações de Maurício Nazaré foram publicadas na coluna Ponto de Vista do @viuitauna no último sábado (27). Para o presidente do CDL Itaúna, se o poder público tivesse se preparado ao longo do último ano, Itaúna poderia contar hoje com 90 leitos e não 30.
“O que fizeram foi obrigar o hospital a virar um hospital de referência, recebendo doentes da microrregião. Fazer isso, sem fazer investimentos, é uma covardia com os itaunenses. Estou muito revoltado e inconformado com esta situação”, criticou Nazaré.
Enquanto a habilitação dos novos leitos não é confirmada, o Governo de Minas se comprometeu a custeá-los, afirma a Prefeitura, via assessoria de comunicação. Dos 17 novos leitos, sete serão de enfermaria e dez de CTI, compondo o quadro de leitos do Plano Operativo Macrorregional a ser publicado nesta quarta-feira (31). Para o prefeito Neider Moreira (PSD), a solicitação representa um “alívio”.
“Como certeza irá ajudar e muito nesse momento delicado que passa não só Itaúna mas todo o Estado de Minas Gerais. Reforçamos que mesmo com o credenciamento, há a questão delicada dos funcionários, que estão exaustos. Portando pedimos a todos que continuem com os cuidados básicos e nos ajudem a passar por esse momento”, comentou Neider, em nota enviada à imprensa.
REPASSES DA CÂMARA Em outro comunicado, a Câmara Municipal afirma que os vereadores Alexandre Campos (DEM), Antônio José de Faria, o Da Lua (PL), e Aristides Ribeiro, o Tidinho (PSC), se reuniram nesta manhã com a provedoria do hospital. No encontro, os representantes do Manoel Gonçalves afirmaram que os recursos destinados pelo Governo Federal para a COVID-19 são insuficientes e foi necessário contrair um empréstimo de R$ 1,5 milhão para cobrir as despesas.
O Legislativo se comprometeu a repassar à instituição R$ 200 mil, como antecipação do duodécimo, e R$ 242 mil em emendas impositivas, aprovadas no ano passado e inicialmente destinadas à entidades da área da saúde. Além disso, afirma a Câmara, o senador Carlos Viana (PSC) “deverá” ser acionado para tentar o credenciamento de mais dez CTIs.
“O hospital fez o ofício solicitando este credenciamento. O mesmo foi levado ao Secretario de Saúde, Fernando Meira, que tem a competência legal de requisitar o procedimento. Na próxima semana um Projeto de Lei deverá será analisado pelos vereadores com o objetivo de autorizar o Executivo a fazer o repasse financeiro ao hospital”, afirma a assessoria da Câmara.