Morte de homem com febre maculosa em Itaúna alerta sobre a doença; Prefeitura dedetiza áreas vulneráveis

@viuitauna

Com a morte de um homem de 33 anos por febre maculosa em Itaúna, a Prefeitura alerta a população sobre os sintomas, similares à outras doenças, além da prevenção. Nesta semana, o Município intensificou o processo de dedetização de áreas públicas vulneráveis ao surgimento do carrapato-estrela – principal vetor da febre, que pode se hospedar em animais como capivaras.

A suspeita é de que a vítima, que chegou a ser internada no Hospital Manoel Gonçalves e veio a óbito no último dia 28, tenha sido picada na região da Barragem do Benfica. Os meses entre junho e outubro são mais propícios às picadas, ocasionando a doença.

Doença ainda presente em grandes cidades como Belo Horizonte, com bactéria já confirmada em locais como a Lagoa da Pampulha e a Cidade Administrativa, a febre maculosa é transmitida ao homem pelo carrapato estrela, que contaminado pela bactéria Rickettsia rickettsii, pica o ser humano e por meio do sangramento ataca cérebro, pulmões, coração, fígado, baço, pâncreas e tubo digestivo. Estudos mostram que as larvas deste inseto também podem fazer a transmissão, acreditando-se que aconteça por contato direto entre 6h e 10h entre as partes.

Como não causa dor, identificar a picada é impossível, mas tratar o quanto antes seus efeitos diminuirá possibilidades de complicações e morte. Entre os animais que podem levar ao surgimento da febre estão as capivaras, um dos hospeiros do carrapato-estrela.

Vetor da febre, carrapato-estrela pode se abrigar em animais como capivaras, comuns na sede da Prefeitura. Foto: Divulgação/Prefeitura de Jundiaí

SINTOMAS: DOIS DIAS A DUAS SEMANAS Dentre os principais sintomas estão febre acima de 39ºC e calafrios, dores intensas de cabeça, conjuntivites, náuseas e vômitos, diarreia e dores abdominais, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, dores musculares constantes, insônia e dificuldade para descansar, paralisia dos membros (das pernas aos pulmões, causando parada respiratória). Os sintomas aparecem entre dois dias e duas semanas, devendo buscar ajuda médica em caso de suspeita de contágio.

O diagnóstico ocorre principalmente por exames de hemograma e/ou enzimas, sendo o tratamento inicial e a cura por meio de antibióticos, evitando complicações graves, inflamação do cérebro, paralisia, insuficiência respiratória ou renal, o que agrava o quadro clínico de uma pessoa infectada. A prevenção se dá pelo uso de roupas mais compridas, repelentes contra insetos, limpeza de jardins e gramados, higienização de animais, dentre outros.

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