Supermercados alternam CPFs entre lojas, após novo decreto que tenta controlar a COVID-19 em Itaúna

@viuitauna

Com a publicação do decreto 7.347 pelo Município, que busca frear uma nova escalada da COVID-19 e a superlotação do Hospital Manoel Gonçalves, supermercados passaram a adotar um rodízio de CPFs a partir desta quarta-feira (2) em Itaúna. A entrada só será permitida de acordo com o dígito final do documento. Pelo menos duas redes alternaram os números pares e ímpares entre diferentes lojas de bairros da cidade, o que gera questionamentos sobre a eficácia do controle.

As medidas foram adotadas após a Superintendência Regional de Saúde (SRS) enviar nota técnica à Prefeitura recomendando ações adicionais à onda vermelha do plano Minas Consciente.

De acordo com o texto, anunciado nesta terça (1°) pelo prefeito Neider Moreira (PSD), fica proibido o consumo de bebidas alcóolicas em bares, restaurantes e locais públicos, com funcionamento até 22h30, festas e eventos em qualquer local e a prática de esportes coletivos não profissionais. O descumprimento das medidas sujeitará os infratores à aplicações de multa, suspensão ou cassação do alvará de funcionamento.

Com 210 óbitos positivos e 643 casos ativos para a COVID-19, sendo 85% deles assintomáticos, Itaúna terá um junho “muito difícil”, avalia Neider. Segundo o prefeito, a microrregião está sendo afetada por uma nova variante do coronavírus, aumentando o índice de transmissibilidade e as internações do hospital.

“Estamos com superlotação, hoje 70 pacientes internados. Fomos obrigados a concordar com o que é colocado pela Superintendência. Adicionamos algumas restrições. Tudo indica que temos uma nova variante circulando na microrregião, o que aumentou o índice de transmissibilidade. Isso está colapsando o sistema de saúde”, afirma.

Pelo menos duas redes alternaram CPFs pares e ímpares entre diferentes lojas. Foto: Bruno Freitas/Arquivo Viu Itaúna

DURAÇÃO AS MEDIDAS Neider disse não saber até quando durarão as medidas, o que depende do índice de transmissibilidade. “A pandemia não acabou. Só teremos uma barreira sanitária coletiva quando tivermos 75% da população vacinada. A vacina é a solução,” ressalta.

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