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A nova paralisação dos tanqueiros, suspensa na tarde desta sexta-feira (22) menos de 39 horas após o início, refletiu em novo aumento nas bombas. Pela manhã postos de Itaúna comercializavam o litro de etanol a mais de R$ 5. O Procon emitiu nova denúncia de dano coletivo ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), alegando prática de preços abusivos.
Em pelo menos dois postos da região central apurados pelo @viuitauna faltaram combustíveis: por volta das 7h, no Pica Pau da Av. Dr. Miguel Augusto Gonçalves, só havia etanol aditivado a R$ 5,188. No Beira Rio, da Rua Silva Jardim, a frentista avisava aos motoristas que só poderiam abastecer com gasolina aditivada a R$ 7,059. No Posto Uai, na MG-050, ainda havia gasolina comum a R$ 6,579 e etanol a R$ 4,987.
O Procon Itaúna afirma que já tem procedimento instaurado no MPMG para apurar aumento de preços de combustíveis por motivos de greve. Contudo, instaurou uma nova denúncia nesta manhã após a nova paralisação.
“Estamos acompanhando os preços e sempre que tem algo que entendemos errado, fazemos novas denúncias. Infelizmente, em algumas cidades do país a gasolina já ultrapassou R$ 7. Isso é uma gestão de política econômica, está fugindo das questões fiscalizatórias”, afirma o coordenador do Procon Itaúna, Erik Machado.
De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes, a greve em Minas foi suspensa após a “sensibilidade das distribuidoras junto às transportadoras de combustível”. “Eles resolveram suspender a paralisação até o momento, mas ainda aguardam uma posição do governo do Estado referente às alíquotas do ICMS”, disse em vídeo divulgado à imprensa. O sindicato não deu mais detalhes sobre o acordo com as distribuidoras.
REDUÇÃO DE ICMS A paralisação começou oficialmente à meia-noite de quinta (21) e pegou postos de combustível e motoristas de surpresa. Como em outras greves neste ano, o Sindtanque-MG reivindica redução do ICMS cobrado Estado sobre os combustíveis e protesta contra os preços praticados pela Petrobras.
O Governo de Minas não respondeu se teria reunião com os manifestantes. Mas voltou a afirmar que o preço elevado dos combustíveis não é devido à alíquota do ICMS, que não sofreu mudanças nos últimos anos, e sim à política de preços praticada pela Petrobras.