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Em resposta ao @viuitauna nesta segunda-feira (25), a Belgo Bekaert admitiu que a revisão do Plano Diretor, aprovada pela Câmara Municipal por nove votos na sexta-feira (22), é relevante para a empresa seguir com o plano de investimentos de R$ 90 milhões em Itaúna até 2022. O nome da multinacional foi mantido em sigilo por um jornal ligado à base governista e durante a votação, por causa, segundo o presidente Alexandre Campos (DEM), de o assunto “ainda estar em conversa”.
Conforme apurado pela reportagem junto à fontes ligadas à empresa, os planos para os próximos anos são para que a Belgo-Mineira Bekaert (BMB) transfira toda a produção de steel cord, cabo de aço para o reforço de pneus para carros e caminhões, atualmente situada em outros municípios, para Itaúna. Em nota, a empresa, por outro lado, nega a transferência.
“A Belgo Bekaert reafirma que está investindo, em 2º fase, R$ 90 milhões até o segundo semestre de 2022 para expansão de sua fábrica de cabos para reforço de pneus em Itaúna, dando sequência ao plano de crescimento iniciado em 2018 e que contempla a aquisição de linhas de latonagem (cobertura do arame com camada de latão), máquinas de trefilação seca e novos equipamentos para produtos acabados. A aprovação da revisão do Plano Diretor pela Câmara Municipal de Itaúna é relevante neste contexto de expansão de negócios, uma vez que dá suporte aos investimentos acima e favorece o desenvolvimento da região”, afirma a Belgo Bekaert sobre o Plano Diretor.
CARTADA PARA APROVAR PROJETO Em reunião extraordinária na noite de sexta os vereadores aprovaram a revisão do Plano Diretor, projeto que se arrastava desde o início do mandato do prefeito Neider Moreira (PSD), em 2017. A última cartada utilizada pelo Executivo para obter a maioria necessária de votos foi anunciar que uma multinacional poderia deixar de expandir as atividades no município, gerando 350 empregos, caso o texto não fosse aprovado.
O prazo para a revisão, que rege as diretrizes para o desenvolvido urbano de Itaúna, devendo ser atualizado a cada dez anos conforme o Estatuto das Cidade, expirou em março de 2019.
