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A concessionária ViaSul protocolou ao Município pedido de reajuste da tarifa do transporte coletivo. Apesar de os ônibus continuarem circulando com horários reduzidos, sendo alvo de constantes reclamações, a empresa argumenta que o aumento seria uma compensação pelo déficit causado com a queda de passageiros transportados durante a pandemia de COVID-19. O último reajuste, de 6,83%, foi aplicado em Itaúna em setembro de 2019, com a passagem chegando a R$ 4 em dinheiro e R$ 3,85 para quem utiliza o cartão Buse.
Ao jornal S’passo, o ex-Procurador do Município e hoje advogado da concessionária, Jardel Carlos Araújo, afirma que a ViaSul amarga um prejuízo operacional superior a R$ 7,5 milhões na cidade. Para continuar operando, a empresa solicitou ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) um subsídio de R$ 8 milhões.
“O pedido de subsídio já foi atendido em outras cidades, como por exemplo Uberlândia”, argumenta Araújo.
De acordo com a publicação, o promotor Weber Vasconcelos recomendou a criação de uma comissão da Prefeitura, em um prazo de dez dias. O objetivo é avaliar o pedido de reajuste, considerando o equilíbrio econômico financeiro do contrato de concessão. Entretanto, a gerente de Trânsito e Transportes da Prefeitura, Cíntia Valadares, descarta possibilidade de a Prefeitura acatar o reajuste nos próximos quatro meses.
“Instituiremos uma comissão para apresentação de planilha relacionando os déficits que tiveram em relação ao período de pandemia, inflação em pneus, combustível, bem como número de passageiros e outros insumos. Considerando que a pandemia ainda não acabou e que ainda há déficit em relação aos passageiros, é cedo pra estipular porcentagem e valor para aumento”, disse Valadares ao @viuitauna.
Ainda segundo a gerente de Trânsito e Transportes, a Prefeitura acompanha a discussão sobre o tema em outros municípios, adequando a realidade à Itaúna. “Essa precisão no tempo não temos”, respondeu, questionada se o aumento da passagem poderia ocorrer até março de 2022. “Interessante reforçar que trata se de serviço essencial que não pode parar”, acrescentou.
Após o último reajuste, a Prefeitura justificou o aumento levando em consideração a elevação do custo operacional do sistema com a variação dos preços do diesel, lubrificantes, peças, pneus, recapagens, equipamentos, mão de obra, manutenção de frota e encargos trabalhistas.
“SUPERIOR À MÉDIA DA REGIÃO” Caso seja efetivado, o reajuste será o terceiro aplicado desde o início da atual administração do prefeito Neider Moreira (PSD), em janeiro de 2017. Em setembro de 2019, Neider disse em entrevista ao jornal Folha do Povo que o transporte coletivo de Itaúna é “infinitamente superior à média da região”. Na ocasião, o prefeito disse que nenhuma cidade próxima oferece meio passe escolar, wi-fi gratuito e aplicativo de tempo de chegada dos ônibus.
“Temos o transporte coletivo que cobre 97% da área urbana e também faz toda a zona rural. Isso é um ponto extremamente positivo porque as pessoas conseguem fazer as interconexões necessárias sem ter muita dificuldade. O número de horários nas linhas é infinitamente superior ao das cidades vizinhas. Ou seja, se diminuirmos os horários, conseguimos reduzir tarifa, mas não acredito que fosse bem aceito pela comunidade, já adaptada a essa realidade”, declarou na ocasião, antes da redução de horários durante a pandemia de COVID-19.
Se tem “déficit”, Rubens Lessa, por qual motivo não passas o que é “deficitário” pra frente?
Sua caterva e suas carroças emporcalham Itaúna.