Sob vaias da população, vereadores aprovam reajustes dos próprios salários e de políticos em Itaúna

@viuitauna

Os primeiros projetos aprovados pela Câmara Municipal de Itaúna em 2022 foram os reajustes salariais em mais de 10% do prefeito, vice-prefeita, secretários, vereadores e servidores, em reunião virtual nesta quinta-feira (20). Com a ausência de Aristides Ribeiro, o Tidinho (PSC), que apresentou atestado de COVID-19, e Silvano Gomes Pinheiro, o Silvano do Córrego do Soldado (PDT), o presidente Alexandre Campos (DEM) desempatou o placar a favor para os políticos.

Os reajustes para servidores foram aprovados por unanimidade pelos vereadores. As propostas passaram, mas sob vaias da população, em meio aos estragos deixados pela chuva e a COVID-19 em alta na cidade, com novo recorde de casos registrados: 373, com 14 pacientes internados no Hospital Manoel Gonçalves.

Cerca de duas horas antes da reunião extraordinária, às 16h, Campos baixou uma portaria retomando as reuniões online, sem a presença do público. A alegação é a crescente dos casos de COVID-19 em Itaúna, que incluiu, além de Tidinho, assessores nos últimos dias. Nas redes sociais, cidadãos já se mobilizavam para pressionar os parlamentares nas galerias da Casa.

PLO 4/2022
VOTARAM A FAVOR DO REAJUSTE PARA AGENTES POLÍTICOS DA PREFEITURA:

Nesval Júnior (PSD)
Carol Faria (Avante)
Lacimar Cesário, o Três (PSD)
Giordane Alberto (PV)
Gleison Fernandes, o Gleisinho (PSD)
Antônio José de Faria, o Da Lua (PL)
Léo Alves, o Léo Alves da Rádio (Podemos)

VOTARAM CONTRA:
Ener Batista (PSC)
Joselito Morais (PDT)
Antônio de Miranda, o Toinzinho (PSC)
Edênia Alcântara (PDT)
Kaio Guimarães (PSC)
Márcia Cristina, a Márcia do Dr. Ovídio (Patriota)
Gustavo Barbosa (Patriota)

AUSENTES:
Aristides Ribeiro, o Tidinho (PSC)
Silvano Gomes Pinheiro, o Silvano do Córrego do Soldado (PDT)

Alexandre Campos (DEM) desempatou placar de 7 a 7, votando a favor.

PRE 3/2022
VOTARAM A FAVOR DO REAJUSTE PARA VEREADORES:

Nesval Júnior (PSD)
Giordane Alberto (PV)
Lacimar Cesário, o Três (PSD)
Carol Faria (Avante)
Léo Alves, o Léo Alves da Rádio (Podemos)
Antônio José de Faria, o Da Lua (PL)
Gleison Fernandes, o Gleisinho (PSD)

VOTARAM CONTRA:
Joselito Morais (PDT)
Antônio de Miranda, o Toinzinho (PSC)
Gustavo Barbosa (Patriota)
Edênia Alcântara (PDT)
Kaio Guimarães (PSC)
Ener Batista (PSC)
Márcia Cristina, a Márcia do Dr. Ovídio (Patriota)

AUSENTES:
Aristides Ribeiro, o Tidinho (PSC)
Silvano Gomes Pinheiro, o Silvano do Córrego do Soldado (PDT)

Alexandre Campos (DEM) desempatou placar de 7 a 7, votando a favor.

Durante a votação, Campos atribuiu novamente a alta do INPC ao modelo econômico do governo de Jair Bolsonaro (PL)

PROJETOS DESMEMBRADOS Para evitar polêmica em torno da votação, como ocorreu no ano passado, os reajustes foram desmembrados em projeto separados, com índices de 10,45% para o primeiro escalão e servidores da Prefeitura, 10,16% para vereadores – conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) –, e 10,45% para servidores da Câmara.

Na justificativa para a chamada “recomposição salarial”, os vereadores apontaram a inflação e aumento do custo com gasolina, alegando que utilizam carros próprios para atender a população no mandato.

“É imoral, mas é legal”, comentou Antônio José de Faria, o Da Lua (PL), que votou a favor. “É legal, mas imoral”, retrucou Márcia Cristina, a Márcia do Dr. Ovídio (Patriota), que foi contra.

AUSÊNCIA Questionado pela reportagem, Silvano do Córrego do Soldado não retornou a razão da sua ausência na reunião online.

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