Manifestação de policiais e bombeiros em BH tem adesões de vereador e profissionais de Itaúna

@viuitauna

O ato das forças de segurança exigindo a recomposição salarial prometida pelo governo Zema tem adesões de policiais civis, militares, penais e bombeiros de Itaúna. A informação é do vereador Ener Batista (PSL), que é também policial penal e está na manifestação nas ruas de Belo Horizonte. Ener, porém, não soube precisar a quantidade exata de itaunenses participantes. Segundo o comandante da 9ª Cia de PM, major Alexsandro Souza, a manifestação nesta segunda-feira (21) não afeta a escala de trabalho da Polícia Militar em Itaúna e Itatiaiuçu.

O major da PM disse à imprensa que militares de folga e de férias não tiveram impedimento para participar do evento. A previsão da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG) é de que o protesto reúna até 20 mil pessoas, seis mil vindas do interior do Estado, de cidades como Governador Valadares, Itabira e Uberlândia.

“Acho que todas as forças de segurança de Itaúna compareceram. O manifesto é gigante”, acrescentou o vereador, que enviou imagens do local.

Antes das 8h, ônibus com membros das forças de segurança do interior de Minas já estacionavam próximo à Praça da Estação, local de concentração do protesto que agora a tarde se dirigiu à Praça da Assembleia, sede do Poder Legislativo estadual. A categoria sustenta que só recebeu 13% de três parcelas de uma recomposição salarial de 41%, prometida em 2019. Os servidores ameaçam entrar em greve e repetiram diversas vezes: “Se o (governador Romeu) Zema não pagar, a polícia vai parar”.

Vereador Ener Batista (PSL), que é também policial penal, acompanha colegas na manifestação em Belo Horizonte

SERVIDORES NO LIMITE Uma das lideranças do movimento, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB) afirma que os servidores chegaram ao limite. Segundo ele, nos últimos dias a categoria tentou de todas as formas sensibilizar o governo para a questão, mas a “paciência acabou”. “Sempre a mesma ladainha. Dizem que precisam aderir ao regime de recuperação fiscal para poder dar a recomposição. Ou dão o reajuste prometido ou a segurança pública vai dar uma resposta à altura. Se não negociar, a polícia vai parar”, ameaçou o parlamentar.

O governo de Minas admite que a recomposição salarial é necessária para todo o funcionalismo, mas condiciona o pagamento ao plano de recuperação fiscal com a União. Em nota, o estado disse que tem feito todo o esforço para que a correção da inflação seja possível para todos os servidores estaduais e por isso os profissionais das forças de segurança receberam reajuste de 13% em 2020. “Além disso, foram os primeiros profissionais a receberem o salário em dia. Continuamos em amplo processo de negociação com os representantes dessas categorias na busca de uma nova recomposição, porque sabemos que ela é necessária”.

LEIA A NOTA DA PM DE ITAÚNA SOBRE A MANIFESTAÇÃO:

“Os Policiais Militares escalados nesta data continuam prestando serviço de segurança pública, sem qualquer prejuízo para a comunidade de Itaúna e Itatiaiuçu. Os militares de folga e de férias não tiveram nenhum impedimento para participar desse evento pacífico. De igual forma, os veteranos também estariam livres para participar se assim desejassem. Como a adesão ao movimento é individual não tenho essa resposta de forma objetiva. Mas acredito que tenhamos policiais (civis e militares), bombeiros, agentes penais, ativos e veteranos, nos representando sim.”

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