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Bastou a Petrobrás anunciar novos reajustes de 18,8% no preço da gasolina e de 24,9% no diesel às distribuidoras, a partir desta sexta-feira (11), para postos de combustíveis de Itaúna e região já repassarem aumentos ao consumidor. A justificativa é a disparada do petróleo em virtude da guerra na Ucrânia. O preço médio do gás de cozinha também terá aumento de 16,1%. A dica é pesquisar e boicotar estabelecimentos que cobram valores fora da realidade do mercado.
Nesta quinta (10), um dia antes de os reajustes entrarem em vigor, segundo a petrolífera, a gasolina comum já varia de R$ 7,497 a R$ 7,597 em postos pesquisados em Itaúna, enquanto o diesel vai de R$ 6,897 a R$ 6,990. O Procon Itaúna diz que está ciente da situação, bem como fiscalizando.
Em Contagem, na Grande BH, motoristas fazem fila em estabelecimentos que ainda cobram os valores antes do aumento. Novos preços também foram apurados pelo @viuitauna em estabelecimentos de Divinópolis e Mateus Leme, cidades vizinhas.
De acordo com a Petrobrás, o custo médio de venda do litro da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba – variação de R$ 0,44 por litro. Já o diesel passará de R$ 3,61 para R$ 4,51. Com a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba – variação de R$ 0,81 por litro.
O valor por kg de GLP saltará de R$ 3,86 para R$ 4,48, equivalendo a R$ 58,21 nos botijões de 13kg – refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.
VOLATILIDADE INTERNACIONAL Em comunicado, a Petrobras atribuiu as altas à guerra na Ucrânia, após invasão russa, que refletiu no preço do petróleo no mercado internacional. A petrolífera brasileira adota a política internacional de preços para os combustíveis. Desta forma, qualquer variação na cotação do petróleo no exterior traz impacto direto aos preços da gasolina e do óleo diesel comercializados no Brasil.
“Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo”, afirma em nota.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) já havia feito menções a possíveis intervenções nos preços da petroleira. Propostas para tentar conter os valores dos combustíveis por meio de redução de ICMS ou da formação de um fundo de estabilização também estão em debate no Congresso Nacional.
