Professores de Itaúna aderem à greve por piso salarial no Estado: “a situação é grave”, alerta Sind-UTE

@viuitauna

Pelo menos seis escolas de Itaúna aderiram à greve dos professores, que cobram do governador Romeu Zema (Novo) o pagamento do piso salarial de 33,24%. Projeto que tramita na Assembleia Legislativa prevê um reajuste salarial de 10,06% para todos os servidores públicos estaduais. O Governo de Minas sustenta que tem mantido diálogo com a categoria e participado das reuniões de conciliação realizadas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Segundo a presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) de Itaúna, Maria das Graças, mais escolas e profissionais estão aderindo ao movimento na cidade. Para a sindicalista, a situação é grave.

“O Governo de Minas está descumprindo a constituição e não quer pagar o piso. Não estamos pedindo aumento. Pagando o piso nacional, voltamos a discutir o que nos devem de aumento. Já adquirimos o direito do piso em 2008 e até agora não implementaram. Cada dia o Zema inventa um desculpa”, afirma.

Outras escolas poderão aderir ao movimento. Na quarta-feira (23), os professores votarão em assembleia a continuidade ou não da paralisação.

ESCOLAS EM GREVE EM ITAÚNA:

Escola Estadual Manoel da Costa Rezende
Escola Estadual do bairro São Geraldo
Escola Estadual Zezé Lima (parcial)
Escola Estadual Padre Luiz Luiz Turkenburg
Escola Estadual Dr. José Gonçalves
Escola Estadual Geralda Magela Leão (parcial)

Categoria foi às ruas em Belo Horizonte na quarta-feira (16); nova assembleia será realizada no dia 23

Nesta quarta (16), professores da rede estadual e da rede municipal de Belo Horizonte optaram pela continuidade da greve. A categoria se reuniu na Praça da Assembleia, na Região Centro-Sul da capital mineira. Uma decisão do TJMG, de 9 de março, porém, determinou a suspensão da greve dos servidores da educação sob pena de multa diária no valor de R$ 100 mil.

PERCENTUAL DENTRO DA LRF O Governo de Minas alega que a proposta de reajuste de 10,06% é retroativa a janeiro e o percentual estabelecido é o que a Lei de Reponsabilidade Fiscal (LRF) permite no momento. De acordo com o estado, R$ 17,7 bilhões foram destinados à manutenção e o desenvolvimento do ensino no ano passado, aumento de 79% em relação a 2015 (R$ 9,9 bilhões) e de 28% em relação a 2020 (R$ 13,8 bilhões).

“O governo de Minas retirou o Regime de Urgência do projeto de lei do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para que o texto sobre a recomposição de perdas inflacionárias a todos os servidores de Minas Gerais possa ter a máxima celeridade na avaliação e aprovação”, afirma em nota.

Em janeiro, o rateio dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), no valor de R$ 539 milhões, foi distribuído a cerca de 226 mil cargos, entre servidores da Educação lotados e em exercício nas escolas estaduais durante o ano de 2021. Itaúna, contudo, não aderiu à distribuição de recursos.

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