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O médico cardiologista Alessandro Bao utilizou a tribuna livre da Câmara Municipal na terça-feira (29) para denunciar pagamentos em atraso no Pronto Atendimento 24h de Itaúna desde janeiro. Segundo o delegado do Conselho Regional de Medicina, os médicos plantonistas pretendem entrar em greve a partir de 24 de abril, com pedido de demissão coletiva. Procurado pelo @viuitauna, o Hospital Manoel Gonçalves ainda não se manifestou sobre a nova ameaça de paralisação.
Em dezembro de 2019, os médicos já haviam apontado possibilidade de greve em meio a atrasos de dois meses nos salários e uma dívida de pelo menos R$ 1,5 milhão nos repasses da Prefeitura. No início de 2020, uma carta chegou a ser divulgada pela categoria informando uma paralisação de 30 dias até que os pagamentos pendentes fossem quitados. Entre as reinvindicações, os profissionais pediam mais transparência da antiga provedoria do hospital.
Desta vez, Bao afirmou que o secretário Municipal de Saúde, Fernando Meira, alega que o custeio do serviço de responsabilidade do Município tem sido efetuado mensalmente, sem atraso. Porém, segundo a administração hospitalar algumas mudanças na forma de repasse do Sistema Único de Saúde (SUS) impactaram o fluxo de caixa da instituição em 2022.
De acordo com o médico, o conselho não concorda com o uso dos valores devidos ao custeio do chamado Plantão 24h para sanar outros compromissos do hospital. Bao pediu providências e sugeriu aos vereadores a convocação de Meira e um convite ao provedor do hospital, Augusto Machado, para explicações “a fim de se evitar essa tragédia anunciada na cidade que só conta com este Pronto Socorro”.
Por fim, o médico ressaltou apoio à nova ameaça de greve, dentro do código de ética médica que prevê uma escala mínima de funcionamento a partir do dia 24.
OUTRO LADO A Prefeitura de Itaúna ressaltou à reportagem que está com os repasses financeiros “rigorosamente em dia”.
Os vereadores aprovaram a convocação do Secretário Municipal de Saúde e farão um convite ao administrador do hospital buscando evitar a greve.
