Gasmig quer trazer gás por caminhão para indústrias de Itaúna, até implantação de gasoduto

Bruno Freitas
@viuitauna

Itaúna está nos planos da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) para o fornecimento de gás natural comprimido à indústrias, segmento que responde por 80% da receita da estatal. O projeto, apresentado nesta quinta-feira (12) durante encontro promovido pelo deputado estadual Gustavo Mitre (PSC) com lideranças empresariais, no Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Material Elétrico (Sindimei), prevê o transporte do gás até a cidade por caminhão, sendo distribuído por uma rede de tubos de aço de 17,12 km, entre um posto de combustíveis na Rua Silva Jardim e o Distrito Industrial da Fazendinha.

A iniciativa seria uma alternativa até a implantação do gasoduto Betim-Triângulo Mineiro, projeto de 980 quilômetros de extensão e orçado em R$ 2,6 bilhões que inclui Itaúna na rota, mas ainda não tem previsão de sair do papel.

De acordo com o gerente de Comercialização de Gás da Gasmig, Valério Sales, a expansão do modal rodoviário permitiria abrir caminho para se investir no gasoduto futuramente. Entre as cidades mineiras que utilizam o transporte para indústrias estão Pequi, também na região Centro-Oeste, e Governador Valadares, no Leste do estado.

“Projetos como esse são de rápida aplicação”, argumentou Sales, explicando que o GNC tem raio de atendimento de até 350 quilômetros a partir da Grande BH, com potencial de fornecimento de até 800 mil metros cúbicos/mês.

Diretor da Gasmig ressaltou que vinda do gasoduto para a região depende do fornecimento industrial

DINHEIRO DA VALE Durante o encontro, o diretor Técnico e Comercial da Gasmig, Henrique Pereira Dourado, disse que a estatal contava com os recursos de compensação da Vale para executar o gasoduto na região. Apesar disso, salientou, a Gasmig conta com recursos próprios. O custo estimado do projeto é de US$ 1 milhão por quilômetro.

“Quem vai trazer o gasoduto para cá é a indústria”, ponderou Dourado aos empresários.

Segundo Dourado, o projeto, que atenderá 28 municípios, está no plano de negócio da empresa, que alcançou lucro líquido de R$ 360 milhões em 2022.

Além do GNC, a Gasmig também disponibiliza gás natural liquefeito (GNL) via terrestre à indústrias de Extrema, na divisa com o estado de São Paulo, e Pouso Alegre, ambas na região Sul de Minas. Como benefícios, o GNC oferece um raio de atendimento maior, de até 500 quilômetros, com capacidade para até 1,2 milhão de metros cúbicos/mês.

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