Belgo Bekaert abre as portas para pessoas refugiadas no Brasil e enriquece ambiente de trabalho

@viuitauna

No dia 20 de junho é celebrado o Dia Mundial do Refugiado, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para lembrar as pessoas que foram obrigadas a abandonar suas casas e países com receio de perderem a própria vida, a segurança e a liberdade em razão de guerras, perseguições, discriminações, intolerâncias e crises políticas. A Belgo Bekaert contribui para a inclusão profissional, empregando 26 pessoas oriundas da Venezuela, Haiti e Colômbia nas nove unidades da empresa no Brasil. Desta forma, a multinacional reforça o compromisso com o aumento da diversidade do seu quadro de funcionários, enriquecendo o ambiente de trabalho.

Em Itaúna, a empresa deu oportunidade de trabalho a seis pessoas de outras nacionalidades: cinco haitianos e uma venezuelana. Conforme dados do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, entre 2011 e 2020, 265.729 imigrantes solicitaram refúgio no Brasil, sendo 28.899 apenas no último ano.

Parceira de instituições como o Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados, Organização das Nações Unidas (ONU), Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e Organização Internacional para Migrações (OIM), a Belgo Bekaert emprega 15 pessoas refugiadas em Contagem, por meio da atuação da Gerência de Diversidade, Inclusão e Responsabilidade Social.

“Desde 2020, o pilar Migrantes em situação de vulnerabilidade foi escolhido como um dos trabalhos prioritários de atuação da Belgo Bekaert, que resultou no aumento dos esforços para contratar e acompanhar o desenvolvimento profissional de pessoas refugiadas em todas as nove unidades da empresa no Brasil. Atualmente, a Belgo emprega 26 pessoas refugiadas, sendo duas mulheres e 24 homens oriundos da Venezuela, Haiti e Colômbia”, conta a gerente de Diversidade, Inclusão e Responsabilidade Social da empresa, Luciana Macedo.

Quando a pessoa refugiada chega ao Brasil, além das dificuldades com o idioma, acesso à saúde e moradia, enfrenta desafios para se inserir no mercado de trabalho. É o que conta Johan Andres Ortiz Zapata, colombiano que vive no país desde 2019.

“Saí de Medellín com destino a Belo Horizonte, com a ajuda do Serviço Jesuíta. Minha primeira experiência profissional na cidade foi traumatizante, passei maus tratos em um emprego informal, no comércio, no Centro de BH. Trabalhava muitas horas e ganhava muito pouco, mas consegui comprar uma moto barata e comecei a prestar serviços como motoboy. Dessa forma, conheci muitas pessoas que me ajudaram e também conheci a minha esposa, uma mulher mineira que me estendeu a mão em plena pandemia.”

Johan acredita que os desafios para aprender um novo idioma e se adaptar a uma nova cultura valeram a pena. “O Brasil é um país muito lindo e acolhedor, com pessoas dispostas a ajudar quando você precisa. Há um ano, sou Operador de Máquinas na Belgo Bekaert e estou feliz com esse emprego. Meu supervisor elogia meu desempenho e acredito que agora estou num bom caminho. Tenho muita gratidão e pretendo continuar construindo meu futuro por aqui”, completa.

IMIGRANTES NO BRASIL

  • 265.729 pessoas solicitaram refúgio no país entre 2011 e 2020
  • Em 2020, foram 28.899
  • 6 refugiados são empregados pela Belgo em Itaúna e 15 em Contagem

O venezuelano Enmanuel de Jesus Castrillo Villarroel, de 23 anos, é outro exemplo de como a associação de empresas privadas às instituições para a causa é fundamental para oportunizar melhores condições de vida a quem foi obrigado a deixar seu país de origem. No Brasil desde fevereiro de 2018, Enmanuel já morou em Boa Vista, no Rio de Janeiro e, agora, está em Feira de Santana. Por meio da parceria da Belgo Bekaert com o Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados, ele conquistou o cargo de Operador de Produção em uma das duas unidades da empresa na cidade.

“Sou muito feliz em trabalhar na Belgo, pois ela abriu as portas para eu começar uma nova vida. Depois disso, consegui trazer para cá a minha mãe, o meu pai, o meu irmão e um tio, que vivem também aqui, em Feira de Santana. Com esse trabalho, consegui trazer também a minha namorada, sua mãe e seus irmãos para o Brasil, além de ajudá-los a se estabilizarem por aqui”, conta. “A mensagem que deixo para meus conterrâneos e pessoas refugiadas de outros países que não conseguiram um emprego ou que estão enfrentando dificuldades é que nunca desistam, sejam firmes, pois as oportunidades vão surgir”, conclui.

E MAIS…

DIREITOS A Lei de Imigração, 13.445/2017, prevê direitos aos migrantes no território brasileiro, além da inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança e à propriedade.

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