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Os três acusados do assassinato do taxista Márcio Nogueira dos Santos, em dezembro do ano passado, foram condenados pela Justiça a penas que, somadas, ultrapassam 80 anos de prisão. A sentença em primeira instância foi assinada pela juíza Rafaela Kehrig Silvestre, da 2ª Vara Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Itaúna, em denúncia apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), um dos réus, Samuel, recorreu contra a decisão e conseguiu em caráter liminar o efeito suspensivo da condenação.
Os réus receberam cada um as seguintes sentenças: Carlos Henrique Santos Gonçalves, 24 anos e 4 meses de reclusão; Samuel Henrique Martins da Silva e Maycol Zacarias Huaman Leiva, 28 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão. No total, os três réus foram condenados à pena de 80 anos, 9 meses e 10 dias de prisão.
O crime gerou revolta em Itaúna, dado à covardia empregada pelos criminosos. Márcio foi encontrado morto na tarde de 27 de dezembro em Pinheiros, zona rural de Itatiaiuçu. Dois dos acusados foram presos pela Polícia Militar após uma perseguição ao táxi na MG-431, próximo à Cachoeira dos Chaves. Os autores tentaram fugir da PM após ordem de parada em cerco bloqueio, sendo abordados quando o Volkswagen Virtus do taxista de cor branca bateu. Um dia depois, o terceiro envolvido, de nacionalidade peruana, foi preso na Av. Dorinato Lima, no bairro Morro do Engenho.
Nos depoimentos, os réus confessaram e tentaram repassar a culpa entre eles. Foram ouvidos além dos autores quatro testemunhas de defesa e três de acusação. Ao final, os argumentos da acusação prevaleceram e o trio foi condenado pelo crime de latrocínio e ocultação de cadáver.
MANIFESTAÇÃO Em abril, familiares e amigos do taxista organizaram uma carreata e uma manifestação em frente ao Fórum Mário Matos, ocasião em que foi realizada a audiência de instrução e julgamento dos acusados.
SAIBA MAIS:
TJMG atualiza posicionamento após publicação
Após a publicação da matéria, a assessoria de imprensa do TJMG enviou e-mail à reportagem afirmando que embora o réu Samuel tenha manifestado que recorrerá da decisão, ele ainda tem prazo em aberto para apresentar suas razões. “Em seguida os autos vão para o Ministério Público apresentar contrarrazões. Depois disso, ainda pode ser que outros réus queiram recorrer. Só depois que se encerrar esse etapa, os autos serão enviados para o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, para o julgamento de 2ª instância”, explicou o órgão.