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Com o intuito de “atrair investimentos à Itaúna”, a Prefeitura investiu R$ 37,5 mil em publicidade na revista IstoÉ após a cidade ser novamente apontada pela publicação no ranking As Melhores Cidades do Brasil, desta vez na 48ª posição. Em 2015, Itaúna já havia sido classificada como 43ª, entre municípios de médio porte, além de ter ficado em 11º lugar no quesito Educação – contra 23º nesse ano. Para divulgar o resultado do ranking, o Município também contratou R$ 7 mil em comerciais na TV Integração, afiliada da Globo em Divinópolis. No total, foram investidos R$ 44,5 mil em mídia, apontou a assessoria de comunicação da Prefeitura ao @viuitauna.
A justificativa apresentada para o investimento na IstoÉ é de um anúncio em uma revista com penetração no meio empresarial, para potencializar a imagem do Município e assim, atrair empresas e geração de emprego. Segundo o gerente de Comunicação da Prefeitura, Hermano Martins, incialmente a IstoÉ apresentou uma proposta de R$ 120 mil para a veiculação, valor que foi negociado para R$ 37,5 mil dentro do orçamento da área.
“Foi pago um anúncio em uma revista do segmento empresarial em que a gente tentou abordar a classificação de Itaúna e tentar aliar para trazer novos investimentos para a cidade. Para potencializar a classificação no ranking, de maneira que a revista IstoÉ tem uma penetração grande no meio empresarial. No final do anúncio tivemos o cuidado de dizer ‘venha e traga o seu negócio’, para continuar atraindo empresas e gerar os bons números de geração de emprego”, explica Martins.
O gerente de Comunicação afirma que o nome de Itaúna seria publicado no ranking “de toda forma”, independente do anúncio. Exceto o asfaltamento de vias, a publicidade na página 91 da revista aponta as mesmas informações divulgadas pela Prefeitura nas redes sociais ao anunciar o ranking, como a vocação progressista da cidade, e atribui o resultado à ações executadas pela administração do prefeito Neider Moreira (PSD) – como a construção da ESF Parque Jardim, inauguração dos centros de Oncologia e Oftalmologia e desassoreamento parcial do Rio São João, além da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), obra iniciada ainda na gestão do ex-prefeito Eugênio Pinto (PT) e que em junho perdeu licenciamento ambiental por ausência de documentação.
AUDIÊNCIA E CUSTO Como critérios de escolha para veiculação em mídia, a Comunicação do Poder Executivo diz considerar audiência e custo. A TV regional, sustenta o gerente, tem apresentado custo benefício com maior rentabilidade. “Por exemplo: um certo jornal da cidade cobra R$ 4,5 mil uma página. Ele não tem nem 0,1% da audiência da TV regional em Itaúna”.
Martins pontua ainda que a TV regional foi a única mídia contratada especificamente para publicitar o ranking. “O anúncio de R$ 37,5 mil foi de Itaúna”, afirma Martins.
As pessoas, principalmente os “políticos” (eu coloco políticos entre aspas, no sentido de quem lida com a política partidária, pois na verdade, todos nós cidadãos somos políticos, já que vivemos nas polis, ou nas cidades – como queiram) erroneamente acham que o cumprimento de suas obrigações, a execução no trato com a coisa pública, com suas atividades, são vantagens que propiciam – melhor dizendo, são atos de benemerência.
Não, Prefeitura de Itaúna. Não, Neider.
Tudo isso elencado neste anúncio, nada mais é do que sua obrigação Neider, já que o vosso poder é o de executor nisso constitucionalmente falando, compreende?, não né… Difícil, pois a compreensão não é uma praxe dos “políticos”.
Reformar praças, construir postos de saúde, asfaltar ruas, canalizar córregos, construir escolas, reformar pontes, cuidar do trânsito, etc. etc. e tantas outras coisas como disse, é obrigação do poder executor.
O que de verdade o cidadão espera não é esse trivial apresentado.
Ele quer algo a mais e que não necessariamente seja inventar “a roda”. No fundo, o cidadão já tem conhecimento avançado e pleno que “a roda” já existe e ele, o cidadão – político, da polis, da cidade, contribuinte, residente, eleitor – deseja que ela, a “roda” seja colocada para o que ela tem de mais importante a se fazer: RODAR! Fazer acontecer. Sair desse lugar comum da “benemerência’ – enganosa, por sinal.