Sonho que se torna realidade: bailarino itaunense de 12 anos está na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil

@viutauna

O balé é a grande paixão do itaunense João Emanuel, de 12 anos. Em 2020, ele deixou o bairro Morada Nova e se mudou para Joinville, no Sul do Brasil, com a mãe, Jacqueline Lima. A meta: se tornar um grande bailarino. Desde então João concilia suas atividades diárias como aluno da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, única filial do famoso Teatro Bolshoi da Rússia.

Jacqueline conta que João começou a dançar hip hop aos 7. Certo dia, ao fazer uma aula de balé, já se interessou pela dança.

“Foi quando a professora Elina Maria, da Sia de Artes, o treinou e logo viu sua desenvoltura para o balé. Então ela me disse: o João não é pra ficar aqui em Itaúna. Ele tem que ir pra fora”, revela.

Em 2020 a mãe o inscreveu no Bolshoi, sendo o garoto selecionado para o teste físico e presencial em Joinville. Jacqueline acreditou e embarcou junto com o filho para Santa Catarina em busca do sonho de ser um grande bailarino. Desde então João concilia a escola, no período da tarde, com aulas no balé pela manhã, com ensaios no fim da tarde na véspera de espetáculos. O pai, Roberto Gonçalves, continua morando em Itaúna por causa do trabalho e sempre que pode vai visitá-los.

O TEATRO BOLSHOI DE MOSCOU

  • Uma das principais companhias de balé e ópera do mundo; considerado patrimônio cultural da humanidade pela ONU e UNESCO;
  • 1776, ano de fundação;
  • 300 espetáculos realizados por ano;
  • Grandes nomes como Tchaikovsky, Rachmaninov, Gorsky, Prokofiev, Grigorovich, Vasiliev projetaram o teatro internacionalmente;
  • 4 brasileiros na companhia profissional, 3 deles formados pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil: Bruna Gaglianone, Erick Swolkin e Mariana Gomes

Apesar da realização, a meta é desafiadora: são oito anos de estudo. Até o momento o itaunense participou de espetáculos internos do Bolshoi.

“A dança clássica pra mim é a arte que me completa. É o sangue que corre em minhas veias, é o ar que respiro, é a asa com qual vôo”, diz João.

Para a mãe, a paixão pelo balé é motivo de orgulho. “João Emanuel está se dedicando e vem se destacando. Ele está muito feliz com tudo o que está acontecendo”, diz. A dança também surpreendeu Jacqueline, que não sabia o que era balé até João escolher o Bolshoi. “Assistir um espetáculo de dança é maravilhoso. A plateia aqui vai em peso pra apreciar os bailarinos. Seria maravilhoso que muitas crianças tivessem oportunidade de estar nos palcos e não nas ruas”.

VEJA UMA DAS APRESENTAÇÕES COM O ITAUNENSE:

E MAIS…

HISTÓRIA DO BOISHOI NO BRASIL 1996 a 1999
Tudo começou quando em 1995. O diretor artístico do Teatro Bolshoi, Alexander Bogatyrev, idealizou um projeto que reproduzia as mesmas características da Escola Coreográfica de Moscou. Em 1996 a Cia. do Teatro Bolshoi realizou uma turnê no Brasil e Joinville foi incluída no programa. Os russos ficaram impressionados com a receptividade do público e a reverência da cidade diante da arte. Em 1998 o idealizador Bogatyrev faleceu. Mas seu legado era consistente: o prefeito de Joinville na época, Luiz Henrique da Silveira, comprometeu-se no desenvolvimento da proposta. No dia 20 de julho de 1999, na abertura do 17º Festival de Dança de Joinville, Alla Mikhalchenko, primeira bailarina do Teatro Bolshoi, assinou o protocolo de intenções com o prefeito. Entre os fatores decisivos para a escolha de Joinville estava a profunda ligação da cidade com a dança, em função de seu tradicional festival.

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