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A reunião do conselho comunitário da Casa de Caridade, entidade responsável pelo Hospital Manoel Gonçalves, aprovou a elaboração de orçamentos para análise de contratação de uma empresa especializada para assumir a gestão da instituição, conforme pleiteia o prefeito Neider Moreira (PSD). Durante o encontro na segunda-feira (5), o hospital aprovou ainda um novo empréstimo de R$ 1,3 milhão para quitar o 13º salário dos funcionários.
A decisão em contratar uma empresa especializada em saúde é comemorada pelo secretário Municipal de Saúde, Fernando Meira, mas vista com preocupação pelo vereador Gustavo Dornas (Patriota).
O secretário parabenizou o conselho pela decisão e espera que o processo “seja feito da melhor forma possível, dentro da brevidade que se impõe”, em meio à crise financeira vivida pelo hospital de Itaúna. Na última quinta-feira (1º), a Prefeitura antecipou um repasse de R$ 3,352 milhões, referente a dezembro e janeiro, para evitar que os médicos do Pronto Atendimento 24h entrassem em greve. A dívida da Casa de Caridade atualmente é de cerca de R$ 12 milhões.
“Com relação ao novo empréstimo a ser tomado pela instituição, foi uma decisão necessária frente aos compromissos financeiros existentes, tendo em vista que a Prefeitura esgotou suas possibilidades de cooperação neste ano, com os aportes realizados na semana passada”, argumenta Meira.
Ao @viuitauna, o Marketing do HMG se limitou a dizer que os orçamentos para a possível contratação ainda serão realizados. Gustavo Dornas disse que vê com “muita preocupação” a contratação de uma empresa para administrar o hospital. Segundo Dornas, o conselho tem buscado alterar o estatuto da entidade com essa finalidade e, embora Neider alegue que não tenha mais dinheiro do orçamento para auxiliar o caixa da instituição, a Câmara Municipal aprovou 30% de suplementação para o Executivo em 2022.
“O prefeito, no final da reunião, falou que tem dinheiro e não tem orçamento. A suplementação de 30% é um valor substancial e dá mais de R$ 70 milhões no orçamento. Então, tenho dúvidas sobre a fala do prefeito de que não tem orçamento”, diz o vereador, que sugeriu a Neider fazer o repasse de emenda do deputado Gustavo Mitre (PSB) e outros, em janeiro, para que o HMG já possa quitar o novo empréstimo no início de 2023.
PROCEDÊNCIA DE EMPRESA Dornas afirma ainda que é preciso ter muito cuidado na escolha da contratação de uma empresa terceirizada, de pessoa jurídica, para administrar o hospital, sendo necessário avaliar a procedência. Uma das organizações apontadas durante a reunião foi a Fundação São Francisco Xavier, mantida pela Usiminas e responsável pela operação de hospitais em Ipatinga, Timóteo, Itabira e Cubatão (SP).
“A fundação São Francisco ligada a Usiminas foi apontada como uma possível administradora do hospital. Pelo trabalho realizado em outras cidades teve um apoio unânime”, aponta o vereador.