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Em pronunciamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou a invasão aos Três Poderes neste domingo (8) e assinou um decreto de intervenção federal no Distrito Federal. O político chamou os invasores bolsonaristas de “vândalos e nazistas”. O decreto vale até o dia 31 de janeiro. O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou a imediata abertura de inquérito criminal para responsabilizar os envolvidos na invasão aos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Aquelas pessoas que chamamos de fascistas, chamados porque está combinado na política invadir a sede do governo federal e invadir a suprema corte, como verdadeiros vândalos. Achamos que houve falta de segurança, todas as pessoas serão encontradas e punidas. vão perceber que a democracia garante liberdade de expressão, mas exige que as pessoas respeitem as instituições criadas para fortalecer a democracia”, declarou Lula.
“[Essas pessoas] podemos chamar de nazistas, stalinistas e fascistas fanáticos, fizeram o que nunca foi feito na historia desse pais. Na esquerda já houve pessoas torturadas, mortas e desaparecidas, e nunca um movimento de esquerda invadiu o congresso. Não tem precedente na história do país”.
“Decreto intervenção federal no DF com objetivo de garantir o comprometimento da ordem pública”, afirmou Lula.
Lula estava em visita em Araraquara (SP), acompanhado da primeira-dama Janja, para avaliar estragos causados pela chuva no município. (com informações da Agência Brasil)
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Invasões aos Três Poderes: PGR determina abertura de inquérito
Uma nota da Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que Aras acompanha com “preocupação os atos de vandalismo a edifícios públicos que ocorrem em Brasília”, “mantém contato permanente com as autoridades e tem adotado as iniciativas que competem à instituição para impedir a sequência de atos de violência”, informou. Entre as providências tomadas por Aras, informadas pela PGR, está a requisição à Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) a imediata abertura de procedimento investigatório criminal para responsabilizar nos atos de vandalismo contra os prédios dos Três Poderes.
Câmara e Senado
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, postou mensagens de condenação à invasão das sedes dos Três Poderes nas redes sociais. Ele classificou de destruição e vandalismo os atos antidemocráticos. “O Congresso Nacional jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente. Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo. Os responsáveis que promoveram e acobertaram esse ataque à democracia brasileira e aos seus principais símbolos devem ser identificados e punidos na forma da lei”, escreveu o presidente da Câmara na rede social Twitter.
“A democracia pressupõe alternância de poder, divergências de pontos de vista, mas não admite as cenas deprimentes que o Brasil é supreendido nesse momento. Agiremos com rigor para preservar a liberdade, a democracia e o respeito à Constituição”, acrescentou o presidente da Câmara.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também condenou os atos em postagem nas redes e informou que conversou com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, para pedir reforço na segurança.
“Na ação, estão empenhadas as forças de segurança do Distrito Federal, além da Polícia Legislativa do Congresso. Repudio veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência”, postou Pacheco.