Amigos percorrem 19,8 mil km, de Divinópolis aos EUA, a bordo de Parati 1994; veja a história

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Dois meses de estrada, 11 países, 19.821 quilômetros rodados, perrengues e um objetivo realizado. Assim foi a jornada dos amigos Joselito Freitas e Erllen Sotero, que deixaram Divinópolis no dia 25 de dezembro de 2022, a bordo de uma perua Volkswagen Parati ano 1994, rumo aos Estados Unidos. A dupla chegou a Boston, estado de Massachusetts, na última semana e já planeja um novo objetivo com o veículo.

A princípio, eles saíram da cidade da região Centro-Oeste em 22 de dezembro. Porém, no mesmo dia voltaram à Divinópolis devido ao falecimento do pai de Erllen, que lutava contra um câncer. No dia 25 de dezembro, decidiram homenagear o pai de Erllen e retomaram a viagem à América do Norte.

A escolha pela Parati 1994 não foi por acaso. O veículo nacional, com quase 30 anos de uso, foi pensado para que fosse possível encontrar peças fora do Brasil com mais facilidade, para eventuais contratempos. A dupla também pensou em um carro com possibilidade de emplacamento no exterior, caso fosse necessário ter de deixar a Parati para trás. Além de ser um carro clássico nacional que marcou época, segundo os amigos.

A jornada passou pela Argentina, Chile, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Guatemala, Honduras e México. Ao longo do trajeto, os amigos enfrentaram desde calor na Argentina a problemas mecânicos com a Parati, no Peru e na Colômbia.

“Na Argentina estava um calor muito forte, pegamos sensação térmica de quase 50 ºC. E o ar do carro não estava dando conta do calor”, contam.

TRAVESSIA PARA O PANAMÁ O trajeto de Cartagena ao Panamá foi o único sem o carro, já que não havia estrada. O jeito foi colocar a Parati em uma balsa.

“Foi em Cartagena que começamos o maior drama da viagem, que era mandar o carro. Teve muito atraso, estávamos esperando ficar sete dias e acabamos ficando 15 dias nesse processo. Mas é uma cidade encantadora, tem praias bonitas em Cartagena”, contou Erllen.

Para tirar o carro no porto do Panamá, os amigos também tiveram dificuldades. Segundo Erllen, a falta de informação sobre o processo atrasou o cronograma.

“Descobrimos que para tirar o carro do porto era necessário contratar um despachante aduaneiro. Mas, até descobrirmos isso, gastamos tempo. Depois tivemos também que achar esse despachante levando ainda mais tempo. Mas conseguimos tirar o carro”.

Os atrasos na Colômbia prejudicaram o tempo previsto de viagem, de 60 dias. Assim, os amigos passaram rapidamente pela Costa Rica, Nicarágua, Guatemala e Honduras, evitando paradas. O trajeto na América do Sul foi encerrado pela passagem pelo México, onde rodaram cerca de 1,8 mil quilômetros.

CHEGADA NOS EUA E UM NOVO OBJETIVO A chegada aos Estados Unidos foi comemorada pelos amigos. Os procedimentos burocráticos haviam os deixado receosos para entrar na terra do Tio Sam.

“Enquanto estávamos na imigração passamos por alguns aborrecimentos, no sentido de espera. Mas, entramos e isso foi a realização do nosso projeto. Foi uma sensação de dever cumprido, de ter dado certo. Graças a Deus, deu tudo muito certo”, destacou Erllen.

A chegada em Boston ocorreu no último dia 22. Joselito e Erllen encontraram amigos, visitaram pontos turísticos e comemoram a realização do sonho. Agora, eles tem uma nova ideia – ir com a Parati até o Alasca, no extremo norte do continente. Contudo, a viagem será feita em outra época, porque os viajantes retornaram ao Brasil de avião. Até lá a Parati permanecerá nos Estados Unidos. (com informações do g1 Centro-Oeste)

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