Defesa diz que suspeito de agredir policial civil durante show em Itaúna teve prisão revogada

@viuitauna

A defesa do personal trainer de 28 anos, preso após agredir um policial civil em evento no Parque de Exposições de Itaúna, no dia 11 de fevereiro, afirma que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) indiciou o suspeito por lesão corporal gravíssima, depois de a Polícia Civil ter autuado a prisão como tentativa de homicídio. Assim, a prisão preventiva foi revogada. Após ser atingido, o policial teve múltiplas fraturas no maxilar e foi encaminhado ao hospital. Um inquérito foi instaurado e o caso é investigado pela delegacia de Polícia Civil de Itaúna.

Em contato com o @viuitauna, a defesa do suspeito de agressão sustenta que, apesar de o MPMG ter qualificado a ação como lesão corporal qualificada, “a denúncia ainda assim possui excessos, está dissociada da realidade dos fatos” e ao final pretende comprovar a verdade no autos do processo.

O personal trainer havia sido identificado por meio de imagens da festa nas redes sociais. Ele foi preso em flagrante em Papagaios, a cerca de 80 quilômetros de Itaúna, e encaminhado para a delegacia regional de Pará de Minas, onde foi autuado por tentativa de homicídio.

ENTENDA O CASO Segundo a versão da namorada da vítima, de 31 anos, as agressões teriam ocorrido depois de o agressor ter se aproximado do policial e perguntado se estava afim de uma amiga sua. O policial respondeu que estava acompanhado e não tinha interesse em outra mulher. Por volta de 5h da manhã, quando o casal decidiu ir embora do show, o policial foi surpreendido por um golpe na parte posterior da cabeça, sendo alvo de chutes e socos na sequência, principalmente na cabeça. Após as agressões, o agressor evadiu do local.

A reportagem procurou a assessoria de comunicação da PCMG, que respondeu dizendo não se manifestar sobre denúncia ofertada pelo Ministério Público.

O MPMG retornou na quinta-feira (9), confirmando por meio de nota que a denúncia foi ofertada como lesão corporal gravíssima. O órgão ressalta, contudo, que apresentou recurso para decretar novamente a prisão do personal trainer, em razão da gravidade dos fatos.

LEIA A NOTA ENVIADA PELA ASSESSORIA DO MPMG:

“Conforme a 5ª Promotoria de Justiça de Itaúna, o lutador foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de tentativa de homicídio. No entanto, após criteriosa análise do Ministério Público, entendeu-se que os fatos, na verdade, configuraram o crime de lesão corporal gravíssima, logo, a denúncia foi ofertada neste sentido. Não obstante, o Ministério Público manifestou-se pela manutenção da prisão preventiva do denunciado, em razão da gravidade dos fatos e periculosidade do acusado.

Todavia, o juízo da 1ª Vara Criminal de Itaúna entendeu pela possibilidade de liberdade provisória dele, em razão da sua primariedade, ocupação lícita, e, também, por residir em cidade distinta da vítima, policial civil. Inconformado com a decisão, o Ministério Público apresentou recurso ao TJMG, no sentido de que decretasse novamente a prisão do suspeito, recurso que ainda não foi apreciado”.

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