Carla Corradi
@viuitauna
Diante dos problemas enfrentados por funcionários da Tecidos Santanense, a reportagem do @viuitauna entrou em contato com a diretoria da empresa, por meio do escritório de Belo Horizonte e o RH em Itaúna, mas não obteve retorno. O Sindicato dos Tecelões de Itaúna afirma estar em contato com a administração da companhia. No entanto, ainda não recebeu resposta por parte do acionista majoritário, Josué Gomes, para uma reunião. Os salários, segundo a entidade, estão em dia, mas atrasos no pagamento de benefícios e FGTS preocupam.
Gomes é filho do ex-presidente José de Alencar e atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e proprietário do grupo Coteminas, holding de empresas têxteis no Brasil e no exterior que em 2004 adquiriu parte majoritária da Companhia de Tecidos Santanense.
A assessora jurídica do Sindicato dos Tecelões de Itaúna, Sandra Regina de Paula Vítor, apontou em entrevista ao @viuitauna a dificuldade de diálogo com a Santanense/Coteminas. Segundo a advogada, o sindicato aguarda há 15 dias uma posição de Gomes para agendar a reunião.
“Ele colocou para a gente que essa reunião vai ser realizada em São Paulo ou em Belo Horizonte, para ele poder informar não só para o sindicato daqui de Itaúna, como também para Montes Claros e Pará de Minas, a real situação hoje da Coteminas/Santanense. Além destas três unidades, eles têm mais quatro unidades também e todas estão na mesma situação aqui de Itaúna. Estamos aguardando para ter essa reunião com ele”, explica.
De acordo com Regina, os sindicatos de Pará de Minas e Montes Claros também estão monitorando a situação. Os salários estão em dia, mas atrasos no pagamento de benefícios e FGTS preocupam.
“O que tem em atraso hoje é o leite que desde o mês de setembro não foi todo entregue. É uma cláusula de convenção coletiva que precisa ser cumprida. Vai completar seis meses que não está sendo entregue o leite. Com relação ao ticket, no dia 20 de março completou dois meses que eles não forneceram”.
TICKET E FGTS EM ATRASO Ainda segundo a assessora jurídica do Sindicato dos Tecelões de Itaúna, a Santanense informou que o ticket alimentação deve ser pago aos funcionários até o final de março. A empresa, contudo, não informou se o repasse será feito integralmente.
Sobre os repasses de FGTS em atraso, foi solicitado o pagamento à Caixa Econômica Federal, com um parcelamento entre o mês de fevereiro de 2022 e março de 2023.
Trabalhei durante 8 anos na santanese, todos sabem que o sindicato dos tecelões são culiados com essa empresa. O mais estranho é que você só vê os trabalhadores assalariados reclamarem, já os funcionários de grande escalão (chefes) todos estão em silêncio. Estranho não???