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Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos na terça-feira (25), em Pará de Minas, Belo Horizonte, Contagem e Três Marias, como parte da primeira fase da Operação Casa de Papel. De acordo com a Polícia Civil, a ação teve como objetivo recolher provas contra uma organização criminosa especializada em furto e roubo de veículos com atuação interestadual. Desde o início das investigações, sete pessoas já foram presas. Até o momento, a PCMG já identificou 20 veículos ou furtados pelo grupo, a maioria caminhonetes de luxo, causando prejuízo estimado de R$ 4 milhões às vítimas.
Iniciadas há cerca de cinco meses, as apurações resultaram na identificação de um complexo e altamente organizado esquema envolvendo subtração e adulteração de veículos, receptação, estelionato e lavagem de dinheiro. Durante a operação foram angariados elementos de prova relacionados à forma de ação do grupo.
Segundo o delegado Leandro Macedo, titular da 5ª Delegacia Especializada em Investigação a Furto e Roubo de Veículos Automotores (Depifvra), do Departamento Estadual de Investigação de Crimes de Trânsito (Deictran), o grupo criminoso é composto por dez membros, nove deles já com passagens policiais pelos crimes de furto, roubo, receptação de veículos e homicídio, no caso de um investigado em particular.
“Todos eles liderados pelo homem que se autodenominou ‘professor’, em referência à série televisiva. Ele se diz uma pessoa com inteligência acima da média e, conforme apuramos, está por trás de toda a organização”, afirma Macedo.
Durante buscas na casa do líder do grupo, em Três Marias, foram apreendidas máscaras similares às utilizadas no seriado, além de fotografias utilizando as mesmas. Macedo explica que ele possui gerentes responsáveis pelo furto ou roubo de veículos, para adulteração dos veículos, para distribuição dos mesmos e para a lavagem de dinheiro, por meio de laranjas, todos esses alvos da operação.
Até o momento, a PCMG já identificou 20 veículos ou furtados pelo grupo, a maioria caminhonetes de luxo,. O chefe da Divisão Especializada em Prevenção e Investigação a Furto e Roubo de Veículos Automotores, delegado Domiciano Monteiro, pontua, contudo, que por meio da análise dos materiais apreendidos durante a operação Casa de Papel podem melhor determinar a extensão da atividade criminosa.
“Sabemos que vários dos veículos adulterados eram vendidos tanto na Região Metropolitana quanto no interior do estado, onde eram remetidos para seis municípios principalmente, e até para outros estados, especialmente para o Espírito Santo”, observa.
ESPECIALIZADOS EM ADULTERAÇÃO Domiciano destaca ainda que a organização criminosa, centralizada em Minas Gerais, possui autuação também em outros estados, possuindo especialização de ponta na adulteração de veículos. “O que foi constatado a partir da apreensão de equipamentos utilizados para adulteração de centrais eletrônicas com valor total estimado em R$ 640. Foram apreendidas ainda 45 dessas centrais eletrônicas que vinham de veículos provenientes de crimes”.