Um pedido de isenção de Imposto Sobre Serviços (ISS) foi enviado pelos organizadores da festa Funeral da Porca, que acontece no sábado (5), no Parque de Exposições de Itaúna, à Câmara Municipal. Segundo o presidente do Legislativo, Nesval Júnior (PSD), a alegação apresentada é o período pós-pandemia e queda nas vendas de ingressos. Como contrapartida, a produtora apresentou proposta de arrecadação e doação de alimentos para o Banco de Alimentos da Prefeitura, o que não é suficiente, na opinião de vereadores. O projeto será incluído na reunião desta terça-feira (1°), antecipou Nesval ao @viuitauna.
O evento com megaestrutura e programação com artistas de destaque nacional, como Alok e Wesley Safadão, tem ingressos vendidos a R$ 480, feminino, e R$ 520, masculino. Esta não é a primeira vez que os produtores do evento pedem “ajuda” aos vereadores: em agosto de 2019 a Câmara já havia aprovado, por 10 votos a 4, isenção para Taxa de Uso e Ocupação para o “Funeral”.
Nesval diz ser favorável à proposta da forma como foi enviada, embora colegas queiram uma contrapartida real, com repasse financeiro baseado na arrecadação da festa ou a destinação de equipamentos ao Hospital Manoel Gonçalves, como foi feito na concessão anterior. A expectativa do evento é vender 8 mil ingressos e até o momento foram comercializados 3,4 mil.
“Sou a favor desde de que ajude com um certo percentual da renda estudado por eles a ajudar alguma instituição”, afirma Lacimar Cezário, o Três (PSD), sugerindo a destinação de 0,5% da renda ao hospital.
“Tem que ter uma contrapartida, não precisa ser alimentos, pode ser ajudar hospital financeiramente falando”, também aponta o líder da base governista Leonardo Alves dos Santos, o Léo Alves da Rádio (Podemos).
Antônio de Miranda, o Toinzinho (PSC), diz que ainda não teve acesso ao projeto.
PROJETO COM IMPACTO FINANCEIRO E PRAZO Gustavo Dornas (Patriota) afirma ainda não ter posição definida, mas é contra a doação ao Banco de Alimentos. O vereador ressalta que o projeto enviado pela Câmara tem de ser consistente, com justificativa “muito bem embasada, impacto financeiro e prazo definido para repassar recurso para o hospital”.
“Banco de Alimentos, doação deste evento especificamente, eu sou contra. Agora um repasse para o hospital dentro de dez dias úteis, eu vou pensar. Mas temos que saber o valor desta isenção”, aponta.
A reportagem solicitou um posicionamento da Roinc Produtora, organizadora da festa, e aguarda retorno.
O QUE PENSAM AS LIDERANÇAS DA CÂMARA:
Um Absurdo! Se não venderam é porque está caro!!!