Falta de especialidades médicas desloca itaunenses para outras cidades

A ausência de algumas especialidades médicas em Itaúna tem levado famílias recorrer a vaquinhas virtuais e doações para conseguir arcar com custos de tratamentos para crianças, adolescentes e até idosos em outras cidades. Itaúna, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), possui gestão de prestadores. A pasta sustenta que somente a Prefeitura pode fornecer informações sobre as filas de pacientes. A Prefeitura, por sua vez, afirma que os pacientes são encaminhados a municípios referenciados com capacidade instalada para atendimento, como Belo Horizonte.

Heitor, bebê de três meses, nasceu com má deformidade craniana e necessitava de uma cirurgia de urgência, procedimento que foi realizado nesta terça-feira (7). Uma vez que Itaúna não possui atendimento por parte de neurocirurgião pediátrico, a mãe da criança, Luma Heloísa, teve de se deslocar com o menino até a capital mineira.

“Neurocirurgião pediatra apenas em Belo Horizonte e a consulta é R$ 600”, aponta Luma, mãe de mais duas crianças, uma de quatro e outra de oito anos.

Em nota, a Prefeitura de Itaúna disse ao @viuitauna que a especialidade de neurocirurgia pediátrica é componente integrante da alta complexidade e o município não possui habilitação para prestar o serviço.

“Desta forma, através de pactuação, nossos pacientes são encaminhados a municípios referenciados com capacidade instalada para o atendimento como o município de Belo Horizonte”, sustenta o Município.

Em relação ao caso de Heitor, a Prefeitura orientou familiares a entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, para que possam ser orientados e as medidas cabíveis para o andamento do caso, através do Sistema Único de Saúde (SUS), sejam tomadas. Durante a apuração da reportagem, a mãe da criança, que realizou uma vaquinha online, conseguiu que a criança fosse operada.

FILA É COM A PREFEITURA, DIZ SES-MG A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, se limitou a informar que Itaúna pertence à Macrorregião de Saúde Oeste, sendo referência em média complexidade para outros municípios, como Itatiaiuçu, Piracema, Itaguara, e alta complexidade em oncologia para as microrregiões de Itaúna e Pará de Minas.

Dessa forma, argumenta a pasta, somente a Prefeitura pode fornecer informações sobre a fila de pacientes que se deslocam para outras cidades. A SES-MG diz ainda que, no caso do município não possuir especialidade médica ou, mesmo de exames, pode pactuar o serviço com outros municípios da própria macrorregião ou de outra macrorregião do Estado.

“A SRS-Divinópolis informa que o município de Itaúna possui a gestão de seus prestadores, ou seja, autônomo para executar a gestão da saúde do município. Dessa forma, as informações referentes às filas de pacientes que se deslocam para outras cidades somente podem ser informadas pelo próprio município, através da Secretaria Municipal de Saúde”.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Previous post “1,60m (de água) dentro da loja? É isso que o pagador de impostos merece?”, questiona comerciante da Jove Soares na Câmara
Next post Incêndio destrói residência no São Judas Tadeu