Um levantamento topográfico e estudo da microbacia do Córrego do Sumidouro contratado pela Prefeitura e apresentado na Câmara Municipal de Itaúna aponta que a contenção das enchentes na região da Jove Soares tem custo estimado aproximado de R$ 80 milhões, em uma obra extensa e que só poderia ser realizada pela próxima administração. O projeto prevê a ampliação da drenagem existente na avenida e a reformulação da rede de abastecimento de água e esgoto na região, incluindo bacias de retenção ou “piscinões” nas áreas próximas ao Parque Ecológico Cordovil Fonseca, no bairro Cerqueira Lima, Estádio José Flávio de Carvalho e a lagoa em frente à Prefeitura, no Boulevard Lago Sul.
No total, foram catalogadas dez sub-bacias da bacia do Sumidouro, para entender a vazão total da área, de 96,10 m³/s. Segundo os representantes da Projeta Engenharia, as chuvas estão mais intensas, ocorrem em volumes nunca vistos e em período mais curto. Novos loteamentos na parte mais alta da cidade e a pavimentação asfáltica nas ruas contribuem para potencializar as inundações.
De acordo com o engenheiro Lucas Lacerda, da Projeta, a verificação da galeria existente evidenciou uma incapacidade de dar vazão ao Córrego do Sumidouro durante chuvas intensas, sendo necessário construir uma nova galeria de escoamento, conforme já previsto pela Prefeitura, além de criar as bacias de retenção e detenção para amortecer a vazão que chega dos bairros na Prainha, reduzindo os impactos no trecho de rio a jusante.
CUSTO DO PROJETO
R$ 80 milhões aproximados, sendo:
- R$ 50 milhões para o alargamento do canal;
- R$ 17 milhões para a estruturação da rede;
- R$ 11 milhões para as sub-bacias;
- R$ 3 milhões para a bacia em frente à sede da Prefeitura
- As demais etapas poderão ser executadas em paralelo ao alargamento do canal, que é a etapa que demanda maior tempo
O engenheiro da Prefeitura, Gláucio Martins, ressaltou que a obra é cara e complexa e talvez o próximo prefeito não consiga terminá-la, demandando financiamento federal. A solução de imediato, apontou, seria a ampliação da saída do canal do Córrego do Sumidouro entre a Rua Manoel Corrêa e a Av. Miguel Augusto Gonçalves, próximo da linha férrea, com o desaguamento no Rio São João. Esta seria a primeira etapa da obra, com os piscinões podendo ser executados de forma paralela.
Também o gerente de Arquitetura e Projetos da Prefeitura, Neurivan Aguilar, ressaltou que “o problema é estrutural e não adianta querer resolver a curto prazo”.
Em sua explanação, o secretário de Infraestrutura e Serviços, Rosse Andrade, disse que não adianta serviço paliativo. Questionado por um vereador se existe um “Plano B” para resolver o problema das enchentes e dar uma resposta aos afetados na Prainha, Rosse foi enfático: respondeu que não.
PROBLEMA ANTIGO Em julho de 2017, uma comissão formada por servidores do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e das secretarias municipais de Infraestrutura e Regulação Urbana realizou uma vistoria na Jove Soares que detectou pontos de estreitamento, tubulações, vigas e um banco de areia no Córrego do Sumidouro, o que contribuía para as inundações. A equipe iniciou na época os levantamentos para o projeto de construção de um canal paralelo ao leito.
Na tentativa de captar recursos para realizar as obras de alargamento do córrego, a Prefeitura inscreveu proposta no Programa Avançar – Mobilidade Urbana, do Ministério da Cidades. Na ocasião, o prefeito Neider Moreira (PSD) afirmou que o projeto teve aprovação do Ministério de Desenvolvimento Regional, mas o Programa Avançar foi suspenso pelo governo Jair Bolsonaro (PL). O financiamento de R$ 12 milhões previa um prazo de pagamento de 20 anos.
Povinho Zé Ruela Redondilha esse de Itaúna né…
Tudo é dificil e caro nessa rocinha adjacente de Divinópolis.
Qual a dificuldade que a população de Itaúna tem em BEBER ESSA ÁGUA TODA? BEBAM e PAGUEM a passagem de ônibus.