A Polícia Civil representou pela prisão temporária da mãe, de 20 anos, e do padrasto, de 30, suspeitos da morte de uma menina de um ano, em Papagaios. A pequena Maria Flor deu entrada em uma unidade de saúde da cidade na segunda-feira (25), com graves ferimentos. Ela chegou a ser transferida para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, mas não resistiu e faleceu. O corpo da criança, que completou um ano em outubro, foi enterrado na manhã desta quinta-feira (28) em Papagaios sob forte comoção. Dezenas de pessoas compareceram ao sepultamento e continuam pedindo por justiça. Segundo a PCMG, as investigações continuam.
A equipe médica constatou por meio de exames que a menina sofreu traumatismo craniano com afundamento parietal do lado direito. Além disso, trauma no tórax, abdominal, assim como, hematomas em várias partes do corpo. Ela também apresentava desnutrição.
Segundo a Polícia Militar, o tratumatismo craniano poderia ter sido provocado a partir de impacto em uma parede ou porta, por exemplo.
Em entrevista à TVI, integrantes do Conselho Tutelar de Papagaios disseram que acompanhavam a família desde o nascimento do primeiro filho e não haviam relatos de violência.
De acordo com a PCMG, em depoimento, a mulher contou que havia deixado a filha com o marido enquanto ia ao salão e ao retornar, encontrou a menina desacordada. O padrasto alegou que estava na sala de estar fazendo cigarros de palha enquanto a menina brincava em um dos quartos com o filho dele, de seis anos. Ele relatou que o garoto arremessou uma bola contra a menina, fazendo com que ela batesse a cabeça no chão e ficasse desacordada. A mãe também informou que na semana anterior a criança havia caído do carrinho, sofrendo várias escoriações, mas que ela não procurou atendimento médico.
Diante dos indícios de maus-tratos, a PM conduziu o casal até a delegacia de Pará de Minas. Eles foram ouvidos e liberados em razão da ausência de elementos suficientes para ratificação da prisão em flagrante.
“Em posse do laudo médico atestando a gravidade das lesões, o delegado da Polícia Civil em Papagaios representou pela prisão temporária dos investigados, que foi deferida pela Justiça e cumprida nesta quinta-feira (27), enquanto ambos prestavam depoimento na delegacia”, afirma a PCMG.
O casal foi conduzido ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.