A Polícia Civil apura um bate-boca que culminou em briga generalizada e uma estudante encaminhada ao hospital de Itaúna na manhã desta terça-feira (16), na Escola Estadual Prof. Geralda Magela Leão de Melo, no bairro Aeroporto. A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) emitiu nota afirmando que a direção da unidade escolar agiu prontamente, acionando a Polícia Militar. A pasta nega que uma das alunas tenha convulsionado, sendo vítima de um mal súbito, retomando a consciência em seguida. Por solicitação do responsável, foi providenciado o pedido de transferência dela para outra unidade da rede de ensino estadual. O Conselho Tutelar foi acionado e as demais estudantes também serão remanejadas para outras turmas como medida da precaução, acrescenta a SEE-MG. De acordo com a Polícia Civil, todos os envolvidos foram ouvidos na delegacia e liberados. “O caso segue em apuração, aguardando liberação de laudo de corpo de delito”, informa o órgão.
A Polícia Militar de Itaúna se manifestou nesta quarta-feira (17), após a repercussão do caso pela rádio Itatiaia. Segundo o boletim da PM, uma adolescente de 15 anos relatou que sofria importunações constantes de outras duas alunas, de 14, por motivos de ciúmes, em virtude de um amigo em comum. A menor sustenta que outra jovem a empurrou no pátio, iniciando a briga, que acabou envolvendo a irmã, de 29 anos, e a mãe, de 48.
A irmã disse à PM que foi à escola juntamente com a mãe, para uma reunião com o objetivo de tratar sobre a situação das menores. Ao presenciar a briga, interveio para separar as jovens, sofrendo puxões de cabelo, mesma versão apresentada pela genitora.
A enteada de uma das envolvidas de 14 anos denunciou o caso nas redes sociais. Na versão dela, apresentada ao @viuitauna, a aluna e uma colega de escola foram agredidas e uma terceira aluna, confrontada, durante a confusão envolvendo as familiares da outra estudante.
“Minha enteada teve vários arranhões pelo corpo, ficou com as costas machucadas e o couro cabeludo ferido. Foram para a delegacia, fizeram exame de corpo de delito e (o caso) corre agora na Justiça”, afirma.
AMEAÇAS NA ESCOLA Uma prima da estudante de 15 anos se apresentou ao @viuitauna, alegando que a aluna vem sofrendo ameaças de outros alunos na escola estadual do Aeroporto há mais de um ano. Por conta disso, ficou sem ir às aulas durante um período, retornando em fevereiro. Segundo a familiar, a escola e o Conselho Tutelar não ofereceram ajuda. Com a briga, o caso “tomou uma proporção muito grande”.
“Mesmo minha tia explicando a situação da Escola Magela Leão e todo o ocorrido, se recusaram a ajudá-la a conseguir vaga em outra escola para a minha prima”, aponta.
Após a publicação, a mãe da aluna de 15 anos se dispôs a falar com a reportagem, acrescentando que no início do ano letivo o Conselho Tutelar a obrigou a matricular os filhos na escola, caso contrário sofreria uma ação judicial. Na segunda-feira (15), a filha havia ligado para ela durante o trabalho, desesperada, porque outras alunas estavam em grupo à sua espera na saída da escola. A mãe afirma que ligou para a vice-diretora e compareceu à instituição, no dia seguinte.
“Não invadimos a escola, como disse a vice-diretora, fomos convidadas a entrar. Quando entramos na escola as menores proferiram insultos e entrei para separar. Liguei para a PM, que compareceu na escola. Também liguei para o Conselho Tutelar, que não compareceu no local”, diz.
OUTRAS BRIGAS Ainda segundo a mãe, somente nesta semana ocorreram três brigas envolvendo pais e adolescentes na escola. “A direção não toma providência. A Escola Geralda Leão de Melo está virando um campo de guerra”, alerta.
O Conselho Tutelar de Itaúna confirmou o remanejamento das estudantes, mas negou a informação de que não teria prestado suporte à uma das alunas.
NOTA DA POLÍCIA CIVIL SOBRE O CASO:
“Sobre o caso, a PCMG informa, que assim que tomou conhecimento dos fatos, instaurou os devidos procedimentos investigatórios para apuração de lesão corporal. A adolescente foi encaminhada ao hospital para atendimento e realização de exames. Todos os envolvidos foram ouvidos e liberados. O caso segue em apuração, aguardando liberação de laudo de corpo de delito”.
NOTA DA SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO (SEE/MG):