Mortandade de peixes no Rio São João é questionada por cidadão e vereadores

Com o despejo de esgoto após as obras de desassoreamento em Itaúna, surgiram nos últimos dias relatos de peixes mortos no leito do Rio São João. Um vídeo enviado por um cidadão ao @viuitauna mostra uma piaba e outras espécies “relativamente grandes”, segundo ele, mortas na Av. São João, na altura do número 2.118, próximo ao Hospital Manoel Gonçalves. A Prefeitura se manifestou após a publicação, afirmando que este é um caso isolado e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) realiza coletas necessárias a fim de identificar possível alterações na qualidade da água.

“Um monte de peixe morto aqui. Estranho”, comenta o homem no vídeo enviado à reportagem.

Nas redes sociais, os vereadores Aristides Ribeiro, o Tidinho (PMN), e Joselito Morais (PRD) também gravaram vídeos cobrando providências ao Município sobre a denúncia.

Tidinho chamou o caso de “tragédia ambiental” e pediu uma solução imediata à gerência de Meio Ambiente da Prefeitura, a quem disse que iria cobrar informações nesta segunda-feira (20). Joselito afirma que algum produto químico despejado na galeria do Córrego do Sumidouro, na Av. Jove Soares, matou cardumes de peixes, como cascudos, piabas e bagres.

“A gente espera que o SAAE verifique estes esgotos e tome as devidas providências. A quantidade de peixes mortos é muita”, diz o vereador.

DESCARGA/LANÇAMENTO PONTUAL DE PRODUTO Procurada pela reportagem no sábado (18), a Prefeitura de Itaúna se manifestou nesta segunda-feira (20). De acordo o gerente Superior de Proteção ao Meio Ambiente, Marcelo Augusto Nogueira Rezende, a mortandade se deu, ao que parece, a partir de uma descarga/lançamento pontual de algum produto ainda não identificado. Somente após da emissão do laudo das análises, a Prefeitura terá condições de manifestar precisamente a respeito.

Em conversa com Renato, gerente Superior Técnico Operacional do SAAE, foi informado que já estão realizando as coletas necessárias a fim de identificar possível alterações na qualidade da água do Rio São João. Tão logo o resultado saia, ele informará.

“Este fato foi isolado e não deve ser atribuído ao lançamento de esgoto sanitário. A montante existe somente um ponto de vazamento, distante deste ponto, mas de uma quantidade ínfima e que não detém capacidade suficiente de causar alterações físico/químicas na água a ponto de causar o aumento da demanda por oxigênio dos micro-organismos presentes na água, advindo de eventual excesso de matéria orgânica, ocasionando o resgate de oxigênio dissolvido na água e causando a mortandade de peixes”, afirma a Prefeitura de Itaúna.

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