Itaúna puxa crescimento da construção civil na região em 2024

De janeiro a abril de 2024, a região Centro-Oeste do estado criou 1.323 vagas formais na construção civil, aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior (930). O levantamento, feito pela Gerência de Economia da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego e da Fundação João Pinheiro, aponta Itaúna como a cidade que mais gerou empregos no setor durante o período, com 753 postos de trabalho. Na sequência estão Divinópolis (163) e Mateus Leme (158).

Embora o resultado seja positivo, o presidente da regional Centro-Oeste da Fiemg, Eduardo Augusto Nunes Soares, observa que a expansão acontece em cima de resultados fracos de anos anteriores. Soares lembra que há demanda por imóveis, que esbarra na alta taxa de juros vigente no país. Outra variável que tem desafiado o setor da construção na região Centro-Oeste é a dificuldade de encontrar mão de obra, mesmo com o aumento da remuneração. Situação que vem impactando no cronograma de algumas obras.

“É um problema enfrentado por vários segmentos”, observa. Diante dessa dificuldade, o dirigente destaca que é importante investir cada vez mais em tecnologia e repensar a forma de construir.

De acordo com dados mais recentes da Fundação João Pinheiro, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), Minas Gerais tem o segundo maior déficit habitacional do Brasil, com 556 mil moradias em 2022. O Estado fica atrás de São Paulo, que registrou escassez de 1,2 milhão de domicílios.

Em Minas, as atividades da construção adicionaram R$ 33 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 – 4,4% do valor adicionado bruto total. O percentual foi acima do nacional para o mesmo ano (3,6%). O setor tem 28,3 mil empresas que são responsáveis por 343,8 mil empregos e uma massa salarial de R$ 13,4 bilhões.

Somente em Divinópolis existem 434 empresas do segmento que empregam 4,6 mil pessoas e totalizam uma massa salarial anual de R$ 95 milhões. Desses empreendimentos, 230 atuam na construção de edifícios, 160 prestam serviços especializados para construção e 44 estão ligados a obras de infraestrutura. Para Eduardo Soares, os dados são reflexo do papel da construção para o desenvolvimento socioeconômico da região e do estado.

“Divinópolis e o Centro-Oeste mineiro tem uma indústria pujante e diversificada e, dentre os segmentos, a construção civil exerce função importante na nossa economia, já que engloba uma cadeia produtiva extensa, gerando emprego e renda”, destaca.

E MAIS…
Divinópolis receberá o Minascon de 4 a 6 de julho

Pela primeira vez Divinópolis receberá o Minascon, de 4 a 6 de julho no espaço Sest/Senat. A 21ª edição do evento do setor de construção tem como tema central “Descubra hoje o futuro da construção”. Entre os temas que serão abordados estão sustentabilidade, inovação na engenharia, acesso a linhas de financiamento para aquisição de imóvel, soluções competitivas, desburocratização do setor público, saúde e segurança no trabalho, legislação urbanística, entre outros assuntos. Durante os três dias, o Minascon deve receber cerca de 20 mil pessoas. Em 2024, a estrutura de 6,5 mil metros quadrados montada no Sest Senat vai abrigar estandes, feira, auditórios, espaço para exposição de máquinas e salas de treinamentos.

“O Minascon é um evento tecnólogo da cadeia da construção civil que vai trazer palestras, cursos, experiências, network e apresentar produtos e tecnologias inovadoras, enriquecendo e imprimindo maior qualidade aos produtos da construção civil, segmento de grande relevância no cenário econômico”, afirma presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Centro Oeste de Minas (Sinduscon-CO), Leonardo Antunes. (com informações do Diário do Comércio)

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