Município apresenta projeto de restauro para a Estação Ferroviária de Santanense

Após uma polêmica sobre quem seria o “pai” do projeto, a Prefeitura de Itaúna divulgou informações sobre o projeto de restauro da Estação Ferroviária de Santanense. Originária do início do século XX, no mesmo período da Estação Central de Itaúna – hoje museu, a estrutura se tornará um espaço cultural, como mostrou o @viuitauna em abril de 2022. Chamado de Estação 796, o projeto capitaneado por quatro secretarias do governo municipal, prevê investimentos de cerca de R$ 1,5 milhão e segundo o Município já está em fase de finalização.

A VLI – administradora da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), afirma que lançará o Programa Estação de Memórias em Itaúna na quinta-feira (1º), embora o projeto não inclua a reforma do espaço da estação em Santanense.

Anteriormente, a restauração do imóvel estava prevista para acontecer no segundo semestre de 2022. Abandonada há décadas e alvo de um jogo de empurra do poder público, a estação está em ruínas, foi invadida e acumula sujeira e mato ao seu redor, causando medo e insegurança.

O imóvel, tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), foi cedido pelo órgão ao Município em 2017, com a condição de que fosse transformado em equipamento cultural. No mesmo ano o Ministério Público Federal (MPF) de Divinópolis ajuizou uma ação civil pública para a recuperação desta e outras estações da região Centro-Oeste do estado.

Agora, com a Prefeitura reivindicando para si a autoria do projeto, a expectativa é de que a estação volte a ser utilizada pela população.

“Assim será possível manter viva a memória do desenvolvimento da cidade e ao mesmo tempo oportunizar a realização de atividades culturais no referido espaço. Tais instalações também contemplarão o recebimento, em duas salas, de parte do acervo do Museu Municipal Francisco Manoel Franco, outra reivindicação da comunidade itaunense”, afirma a Prefeitura.

ESTAÇÃO DE MEMÓRIAS Em Itaúna, o investimento da VLI no outro programa, chamado Estação de Memórias, será de cerca de R$ 350 mil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

“A iniciativa preserva a memória ferroviária, que faz parte do patrimônio material e imaterial de diversos municípios, e cria espaços para que as novas gerações conheçam a história da ferrovia”, afirma a empresa.

LEIA A NOTA DIVULGADA PELA PREFEITURA DE ITAÚNA:

“Prefeitura é 100% responsável pelo restauro da Estação 796

Valor que chega a quase R$ 1,5 milhão envolve recursos e empenho de quatro secretarias do governo municipal

Diferente de informações que circularam na cidade no fim de semana, a Prefeitura de Itaúna reivindica a si a responsabilidade em 100% do restauro da “Estação 796”, no bairro Santanense. Os recursos para as obras, totalizando quase R$ 1,5 milhão, provém de uma união de esforços de quatro secretarias do governo municipal, sendo Cultura e Turismo, Regulação Urbana, Finanças e Administração. Destaca-se no contexto a importante atuação da Gerência de Turismo, cujo trabalho alcançou pelo segundo ano consecutivo Nota Máxima no ICMS Cultural, o que contribuiu com grande parte do montante de recursos para a obra.

Com projeto autoral e já em execução / finalização, a Prefeitura tem como objetivo reconstituir este importante espaço da história local e devolvê-lo em condição de uso à população. Assim será possível manter viva a memória do desenvolvimento da cidade e ao mesmo tempo oportunizar a realização de atividades culturais no referido espaço. Tais instalações também contemplarão o recebimento, em duas salas, de parte do acervo do Museu Municipal Francisco Manoel Franco, outra reivindicação da comunidade itaunense.

E como a história do município foi embalada em grande parte pela linha férrea, a VLI inicia nesta quinta-feira, 01/08, a partir das 17h, o projeto Estação de Memórias – Café com Prosa, que colherá relatos de como a vida dos itaunenses e dos trilhos se cruzaram. A atividade, gratuita e aberta à população, acontecerá na Praça da Estação (prédio do Museu)”.

E MAIS…
Investimentos em preservação da memória ferroviária

Nos últimos anos, a VLI informa que investiu mais de R$ 14 milhões na preservação da memória ferroviária. Em 2023, foram mais de R$ 2,4 milhões no resgate da memória ferroviária, com um conjunto de ações de fortalecimento dos acervos de estações ferroviárias de importância histórica e de promoção da cultura das comunidades. Para 2024 serão investidos mais R$ 2,4 milhões no projeto.

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