A deputada estadual Macaé Evaristo, natural de São Gonçalo do Pará, na região Centro-Oeste, assumiu o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania após a exoneração do advogado Silvio Almeida, devido às denúncias de assédio moral e sexual. A escolha, já confirmada pelo presidente Lula em suas redes sociais, aconteceu após reunião entre a deputada e o chefe do Executivo, em Brasília, nesta segunda-feira (9).
O ministério estava sob comando interino da ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, após a exoneração de Almeida na sexta-feira (6).
Em publicação nas redes sociais, Lula declarou: “Hoje convidei a deputada estadual Macaé Evaristo para assumir o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Ela aceitou. Assinarei em breve sua nomeação. Seja bem-vinda e um ótimo trabalho”.
Evaristo tem 59 anos e era vereadora por Belo Horizonte em seu primeiro mandato quando se elegeu, também pela primeira vez, deputada estadual nas eleições de 2022, com 50.416 votos. Com seu afastamento da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o primeiro suplente para o posto é Hely Tarqüínio, que obteve 38.960 votos.
Na ALMG, ela é membro efetivo das comissões de Educação, Ciência e Tecnologia, de Cultura e de Ética e Decoro Parlamentar, tendo como suas principais bandeiras políticas a defesa da escola pública, a luta contra o racismo estrutural e por políticas públicas voltadas à diversidade e à inclusão das mulheres e das minorias. Macaé Evaristo também integra as comissões de Defesa dos Direitos da Mulher, de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, mas como suplente.
TRAJETÓRIA Graduada em Serviço Social, mestre e doutoranda em educação, Macaé Evaristo é professora desde os 19 anos. Foi a primeira mulher negra a ocupar os cargos de secretária de Educação em BH (2005 a 2012) e no Estado (2015 a 2018). Em 2013 e 2014, foi titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (MEC).
Macaé Evaristo coordenou programas sobre escolas indígena e integral em Minas Gerais, sobre escola integrada em BH e, no MEC, sobre cotas para ingresso de estudantes de escolas públicas, negros e indígenas no ensino superior.