Paciente que infartou aguarda transferência há seis dias em Itaúna

Familiares de uma mulher de 37 anos que teve um infarto e necessita de um cateterismo com urgência buscam desde sexta-feira (18) a transferência da paciente do Hospital Manoel Gonçalves, em Itaúna. Durante a internação, Ana Flávia Ferreira Barbosa contraiu uma pneumonia. A irmã da paciente, Roberta Kelly, aponta descaso. Ela acionou a Polícia Militar após constatar que a irmã estava com larvas na boca. A 9ª Cia de PM afirma que uma enfermeira providenciou higienização oral e medicação para a paciente, mas não foi possível a desentubar devido ao risco clínico. A Prefeitura de Itaúna diz que acompanha o caso de perto e pedirá explicações à instituição sobre os cuidados assistenciais de enfermagem prestados no caso.

Ana Flávia Ferreira Barbosa, que é cuidadora de idosos, foi internada na Sala Vermelha do hospital após apresentar uma parada cardiorrespiratória. Contudo, seu quadro se agravou para uma pneumonia e segundo Roberta, nesta quarta-feira (23) a paciente permanece internada no CTI.

Para agilizar a transferência, a família ingressou com uma petição na 2ª Vara Cível da Comarca de Itaúna. A Justiça deferiu o pedido, obrigando a transferência. Caso não seja cumprida a determinação, o hospital terá que pagar R$ 100 mil de multa.

A PM foi acionada por Roberta na noite de segunda-feira (21) no hospital, onde a solicitante disse que sua irmã está internada desde 18 de outubro devido a um infarto, e aguardava, na Sala Vermelha, transferência para outra unidade hospitalar.

“Relatou que ao visitar sua irmã, que está entubada, percebeu algo estranho em sua boca e ao prestar bem atenção, percebeu que haviam larvas de mosca-varejeira lá dentro. Contou que imediatamente fotografou os bichos, deixou guardado em arquivo pessoal e pediu providência médica referente ao fato”, afirma a 9ª Cia de PM.

HIGIENIZAÇÃO E MEDICAMENTO Aos militares, uma enfermeira, representante do Pronto Atendimento, disse que após ficar sabendo do fato, providenciou a higienização oral e medicação de Ivermectina para a paciente. “Contou que não pode se desentubar a paciente devido ao risco clínico, para uma completa higienização”.

Ainda de acordo com a PM, até o atendimento da solicitação não se pode comprovar negligência, imprudência ou imperícia de nenhum profissional da área de saúde, nem tampouco dolo no caso narrado.

O Hospital Manoel Gonçalves foi questionado no grupo de imprensa, porém não respondeu a solicitação.

LEIA A NOTA EMITIDA PELA PREFEITURA:

“A Prefeitura está acompanhando de perto o caso, lamentando o vazio assistencial que existe hoje na Macrorregião Oeste na área da hemodinâmica intervencionista, assim como pedirá explicações à instituição sobre os cuidados assistenciais de enfermagem prestados neste caso”.

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