Belgo transfere linha de produção de Vespasiano para Itaúna

A Belgo Arames planeja concluir até dezembro a transferência da produção da unidade de Vespasiano, na Grande BH, para Itaúna. A mudança, segundo informou a empresa ao @viuitauna, está ocorrendo de forma gradativa. Com o investimento na operação de Itaúna, iniciado em 2018, foram instaladas linhas de produção para o arame latonado, a partir da transformação do fio máquina, e de bead wire, cinta de aço interna e central que compõe a estrutura do talão, o encordoamento da resistência ao pneu. Cerca de 300 empregos diretos foram gerados na nova fase de expansão.

Até então, a unidade na cidade se dedicava apenas à produção final de steel cord, arame de aço para reforço de pneu radial, utilizando como insumo o arame latonado produzido em Vespasiano.

“Essa decisão estratégica tornou a planta de Itaúna apta a produzir todo o portfólio de arames de aço utilizados na fabricação de pneus”, explica Rodrigo Linhares, diretor da Unidade de Negócio de rubber reiforcement da Belgo Arames.

Desde 2018, a Belgo Arames investiu mais de R$ 200 milhões nas unidades de steel cord, atualmente localizadas em Itaúna e Sumaré (SP). A unidade de Itaúna recebeu parte deste investimento para a sua expansão e modernização. O valor, contudo, não foi informado.

Em outubro de 2021, a Belgo informou que 90% de R$ 100 milhões investidos até o segundo semestre de 2022 seriam direcionados à unidade de Itaúna, por meio de uma nova linha de latonagem – cobertura do arame com camada de latão – máquinas de trefilação seca e novos equipamentos para produtos acabados.

Rodrigo Linhares, diretor da Unidade de Negócio de rubber reiforcement da Belgo Arames. Foto: Rafael Motta/Divulgação Belgo

REORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO Segundo Linhares, a decisão em encerrar a operação em Vespasiano e investir em Itaúna foi motivada após estudos que apontaram a necessidade de uma reorganização do processo de produção do steel cord, buscando a sustentabilidade do negócio.

“O redirecionamento estratégico dos negócios da Belgo reflete sua saúde financeira, sempre orientada para seguir com a sustentabilidade das operações”, argumenta o executivo.

E MAIS…

Unidade em expansão desde 2018

Em 2018 a BMB lançou um plano de expansão de três anos em uma tentativa de ganhar participação de mercado no Brasil. Os projetos incluíam investimentos de US$ 33 milhões na fábrica de Itaúna, aumentando a capacidade de produção de steel cord em 35%. Em julho de 2019 a multinacional anunciou a transferência da linha de produção de arames de amarração de pneus de Osasco (SP) para Itaúna. Na ocasião, o prefeito Neider Moreira (PSD) disse que o investimento tinha perspectiva de 120 novos empregos diretos e faturamento de R$ 200 milhões.

10 thoughts on “Belgo transfere linha de produção de Vespasiano para Itaúna

  1. Que notícia maravilhosa!
    Parabéns ao prefeito Neider Moreira pelo empenho, dedicação e amor á terra natal.

  2. Parabéns aos funcionários da BMB Itaúna, através da dedicação deles a empresa viu que vale a pena investir na planta de Itaúna

  3. Imagina o tanto te desempregados na unidade de Vespasiano. Indianos, os dono da ArcelorMittal, Belgo e agora a Vallourec. Estão destruindo as empresas aos poucoa.

  4. Imagina o tanto te desempregados na unidade de Vespasiano. Indianos, os dono da ArcelorMittal, Belgo e agora a Vallourec. Estão destruindo as empresas aos poucos.

  5. mais uma vez Vespasiano perdendo uma fábrica de grande porte já foi geci Lever , provavelmente falta de incentivo dos governo da cidade

  6. O meu pai, Olímpio de Almeida Fernandes, começou a trabalhar na Belgo Mineira em 1942, como operário. Nasci em 1953 e, com 5 anos, em 1958, lembro-me de que meu pai trabalhava na Trefilaria em João Monlevade. Em 1958, considero o meu ano de nascimento, ano em que o Brasil ganhou a Copa do Mundo pela primeira vez. Tenho um livro comemorativo dos 30 anos da gestão do Dr. Louis Ensch, em 1955. Este livro foi impresso na gráfica Bloch, no Rio de Janeiro em papel de de ótima qualidade. Tenho este até hoje, guardo-o com muito carinho. Em 1962, o meu pai recebeu, em comemoração aos seus 20 de trabalho na C.S.B.M, no cinema Monlevade, praça do grupo Escolar Central, um relógio Ômega, com o tampo folheado a ouro, com palavras de agradecimento ao colaborador Olímpia de Almeida Fernandes por seus serviços prestados. Esta homenagem é a valorização da prata da casa. Todos os trabalhadores que completaram 20 anos naquele ano, 1962, receberam essa homenagem. Meu pai tinha 40 anos de idade. Em 1964 nos mudamos para BH em virtude da transferência da Trefilaria para a Cidade Industrial em Belo Horizonte. Esta foi a grande mudança em nossas vidas, minha e da minha família, família essa do meu pai, minha mãe e 10 filhos. Recordo este tempo, sempre, ao 71 anos, com uma boa parte de minha vida. Acho uma boa história. Meu nome é Josias de Almeida Fernandes.

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