Conheça os Centros de Tratamento de Queimados em Minas

Em três anos, o número de hospitais especializados em tratamento de pessoas que sofreram queimaduras passou de três para 16 no estado. Cerca de R$ 23 milhões foram investidos para ampliar os chamados Centros de Tratamento de Queimados (CTQs), localizados em 15 cidades polos mineiros. Os recursos são utilizados para estruturar leitos de UTI e enfermaria nas unidades da rede de urgência. Na região Centro-Oeste, a unidade referência em queimaduras é a Santa Casa de Bom Despacho. Na Grande BH, o Hospital Júlia Kubitschek iniciou os atendimentos em dezembro, como retaguarda do Hospital João XXIII – referência estadual em queimaduras graves. Até 2021, Minas Gerais contava com apenas três CTQs, localizados em Montes Claros, Uberlândia e Belo Horizonte.

Em 2024, até setembro, foram registradas 2.496 internações causadas por queimaduras em Minas, contra 2.753 em 2023 e 2.881 em 2022. Ao todo foram 88 óbitos no estado, contra 94 nos dois anos anteriores, cada.

VEJA QUAIS SÃO OS HOSPITAIS CREDENCIADOS:

“Quando assumi o Governo, em 2019, Minas Gerais contava com três centros especializados para atendimento a queimados, em Belo Horizonte, Montes Claros e Uberlândia. Em 2024, com investimentos superiores a R$ 20 milhões, esse número passou para 16 hospitais em 15 municípios, ao menos um em cada região do estado”, ressalta o governador Romeu Zema (Novo).

Segundo a coordenadora de Gestão de Cuidados Intensivos Hospitalares da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Letícia Freitas, a saúde estadual faz o repasse para garantir o cofinanciamento das diárias de leitos clínicos e de UTI destinados à assistência ao paciente queimado. “O valor pode chegar a até R$ 77,7 milhões por ano”, afirma.

Na capital mineira, o Hospital Júlia Kubitschek atua como retaguarda do Hospital João XXIII no tratamento ao médio queimado, paciente com queimadura que atinge entre 10% e 20% da superfície corporal.

O diretor assistencial do Complexo Hospitalar de Especialidades, do qual o HJK faz parte, Bruno Fonseca, explica o fluxo do atendimento.

“É uma parceria com o HJXXIII, que é porta aberta e recebe esse paciente. Após a transição de cuidados, ele é transferido para o HJK”, salienta.

O coordenador da Cirurgia Plástica na unidade, Guilherme Greco, explica que o Hospital Júlia Kubitschek desenvolveu estrutura para atender o médio queimado e passa a oferecer cuidado de excelência em curativos, desbridamento (remoção de tecido morto) e enxertos, propiciando encurtamento do tempo de internação na rede pública do estado”.

“Estruturamos equipes para oferecer o melhor tratamento, não só tratando a ferida, mas o ser humano”, pontua o médico.

FOGO AO MANUSEAR ÁLCOOL A primeira paciente atendida pelo HJK foi Roberta Viviane Guimarães, de 42 anos. Sua internação no início do mês passado se deu por conta de queimaduras causadas por fogo ao manusear álcool. “Estou tendo todo o suporte. Eles estão sendo muito atenciosos comigo”, relata.

Letycia Braga de Andrade, gerente de enfermagem e equipe multidisciplinar do HJK, foi quem recebeu Roberta na unidade. “Após acolhê-la, disse o quanto ela é importante para desbravarmos esse atendimento”, relembra. “Nossa expectativa é de consolidar e ampliar essa entrega aos usuários do SUS, fortalecendo o perfil da unidade e nossa atuação em rede”.

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