O polo automotivo da Stellantis em Betim, na Grande BH, bateu recorde na produção de veículos e motores em 2024. No período, foram produzidos mais de 468,6 mil automóveis e 809 mil motores, um recorde para a unidade desde a criação da empresa, que possui a unidade de autopeças PCMA em Itaúna. Ao todo foram exportados 57 mil veículos, crescimento de 8% em relação a 2023. Para atender a demanda, o grupo está contratando 1,5 mil colaboradores no Brasil – 1,2 mil em Minas Gerais e 300 no Rio de Janeiro. Os empregados chegam para atender demandas em diferentes áreas do complexo da RMBH, incluindo powertrain, nas unidades de Itaúna e na Teksid, além da planta localizada em Porto Real (RJ).
No momento, o polo de Betim tem 16 mil funcionários diretos, mais da metade da força de trabalho da empresa na América do Sul. No continente, são cerca de 30 mil empregados distribuídos por seis plantas produtivas: três no Brasil, duas na Argentina e uma no Uruguai.
No ano passado foram investidos em Betim R$ 454 milhões para a implementação de uma nova linha de motores, preparada para tecnologias de hibridização. Com o aporte, a capacidade produtiva foi elevada de 200 mil para 1,1 milhão/ano.
Segundo o presidente da Stellantis para a América do Sul, Emanuele Cappellano, o polo de Betim está trabalhando “a todo vapor”. As perspectivas de que os números da planta seguirão crescendo em 2025 levaram a empresa a anunciar novas contratações.
“A capacidade produtiva acompanha o mercado. Então, vai crescer ao longo de 2025 com essas contratações”, afirma. “Mas também monitoramos o trend de crescimento de mercado, como o Brasil, a Argentina e o Chile, e dependendo da necessidade, eventualmente podemos flexibilizar uma maior capacidade produtiva”, acrescenta Cappellano.
De acordo com Cappellano, atualmente, a unidade mineira, em termos de capacidade de produção, é a maior da montadora no mundo. A importância do polo de Betim é tamanha que, de 2025 a 2030, a planta, inaugurada em 1976, receberá o maior ciclo de investimentos de toda a sua história: R$ 14 bilhões, montante que faz parte dos aportes anunciados para a América do Sul, totalizando R$ 32 bilhões. Os valores serão destinados para o lançamento de 40 novos produtos, quatro plataformas, oito powertrains, além do desenvolvimento de novas tecnologias bio-hybrid e inovações na descarbonização.
Em Betim são produzidos os modelos Fiat Argo, Mobi, Pulse, Fastback, Fiorino, Strada, Peugeot Partner Rapid, Abarth Pulse e Abarth Fastback, além de motores e transmissões.
MAIOR VOLUME DESDE 2021 No polo automotivo, o grupo obteve sucessivos recordes de produção mensal desde julho do ano passado. Naquele mês, foi alcançado o maior volume da planta em um mês após a criação da empresa (43 mil veículos). Em 2021, a fusão das montadoras Peugeot Citroën (Grupo PSA) e Fiat Chrysler Automobiles (FCA) criou o grupo Stellantis.
No acumulado dos quatro anos de Stellantis, as exportações de veículos do polo automotivo de Betim cresceram 76%. Em todo o país, o volume exportado pelo grupo aumentou 94% no período. Os principais destinos dos veículos brasileiros, entre 20 países, são México, Argentina e Uruguai. Enquanto o polo de Betim respondeu por 49,1% da produção exportada pela Stellantis no Brasil, as fábricas de Pernambuco e Rio de Janeiro registraram, respectivamente, 31,8% e 17,2% de participação nas exportações de veículos da fabricante no País. (com informações do Diário do Comércio)