Mineradoras faturaram R$ 108,3 bilhões em Minas em 2024

O faturamento das mineradoras em Minas Gerais aumentou 4,5% em 2024, alcançando R$ 108,3 bilhões, segundo balanço divulgado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) nesta quarta-feira (5). A retomada da produção de ouro em mineradoras importantes e o aumento na produção de minério de ferro estão entre os fatores que estimularam o crescimento. “Completou-se investimentos significativos no minério de ferro que permitiram essa recuperação e um aumento na produção que levou a esse avanço no faturamento”, afirma o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Ibram, Júlio Nery.

O valor faturado no estado foi o maior entre as unidades federativas, representando 40% do total nacional. No Brasil, o setor faturou R$ 270,8 bilhões, alta de 9,1%.

A projeção de investimentos para o setor até 2029 é de US$ 68,4 bilhões, alta de 6,6% em relação às estimativas para 2024-2028.

Em 2024, a Vale reportou um incremento de 1,3% na fabricação de minério de ferro em terras mineiras, para 150,1 milhões de toneladas. Já a AngloGold Ashanti voltou a beneficiar ouro no Complexo Industrial do Queiroz, em Nova Lima, em setembro, depois de quase de dois anos de paralisação da operação.

A arrecadação de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) em Minas também cresceu no ano passado, chegando a R$ 3,3 bilhões, aumento de 4,4% sobre o exercício anterior. A participação mineira no total recolhido nacionalmente foi de 45% (R$ 7,4 bilhões), a maior entre as unidades da Federação.

Por outro lado, de acordo com dados apurados pelo Ibram o saldo da balança comercial da mineração no Estado atingiu US$ 15,9 bilhões em 2024, queda anual de 2%. As importações caíram 15,5%, para US$ 1,1 bilhão e as exportações recuaram 2,8%, para US$ 17,1 bilhões.

TÉRMINO DE PROJETOS Entre 2024 e 2028, Minas Gerais seguiu como principal destino dos recursos das mineradoras, embora o volume previsto para o estado tenha caído de US$ 17,2 bilhões para US$ 16,5 bilhões. A redução, segundo Nery, tem a ver com o término de projetos que estavam em implantação em 2024. Inversões foram finalizadas, especialmente, em melhorias operacionais em diversas minas e em descaracterização de barragens.

“Não houve desânimo com investimentos em Minas Gerais. (A redução) está relacionada aos aportes que foram realizados e, por isso, não estão mais na lista”, pondera.

E MAIS…
Vale do Jequitinhonha lidera inversões ligadas ao lítio

Visto como o mineral do futuro, o lítio terá R$ 1,2 bilhão dos investimentos programados até 2029, mas o montante caiu 2,4% frente a projeção anterior. Nery aponta que aportes foram postergados em função de uma baixa nos preços internacionais. A região do Vale do Jequitinhonha, que se tornou a “menina dos olhos” das mineradoras que exploram o lítio, deve receber cerca de 78% do total de inversões, segundo o Ibram. (com informações do Diário do Comércio)

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